Governo vai preparar novo plano para cidades digitais com modelo da UIT
Eleita como uma das prioridades da estratégia nacional para a internet das coisas, a vertical ‘Cidades’ é a terceira (antes indústria e agro) a ganhar uma Câmara de discussões entre governo, setor privado, academia e Parlamento, chamada de ‘Cidades 4.0’. Com ela, o Ministério de Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações busca reorganizar os incentivos às cidades digitais, repaginadas como Cidades Inteligentes Sustentáveis.
“O primeiro passo será um sistema informatizado para conhecer a realidade das cidades. Hoje temos bons projetos de cidades inteligentes, exemplos como Campinas e Curitiba, mas são casos isolados. Vamos colocar indicadores no sistema e a partir daí saberemos quem somos no que diz respeito às Cidades 4.0”, explicou o secretário de Telecomunicações do MCTIC, Vitor Menezes.
Segundo ele, “será instituída uma política pública, via Decreto presidencial, baseada em recomendações da União Internacional de Telecomunicações, com o modelo de maturidade e um framework de como fazer a avaliação dessas cidades”.
O modelo leva em conta níveis de 1 a 5, começando por aqueles com algum planejamento para se tornar inteligente, passando para aquelas com ações alinhadas a esse planejamento, pelas que têm implementação, as que já saltaram para a integração entre serviços e outras unidades da federação e finalmente aquelas efetivamente implantadas e em fase de otimização.
Os diagnósticos vão alimentar a recém instituída Câmara Cidades 4.0, que já nasce associada a um acordo de cooperação entre o MCTIC e o Ministério de Desenvolvimento Regional para desenvolver um novo programa de estímulo às cidades digitais. Segundo estima o secretário de Telecomunicações, esse novo plano deve ser apresentado até o fim do primeiro semestre de 2020.