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Greve no Serpro: Impasse nas negociações aumenta pressão por dissídio

A greve do Serpro completa duas semanas ainda em impasse. Os trabalhadores parados recusaram a proposta de reajuste de 7,28%, depois de uma primeira oferta de 6%, e não houve mais avanço nesse campo. Por outro lado, a empresa pede a volta ao trabalho de áreas que considera essenciais, embora sustente que apenas 13% dos funcionários cruzaram os braços. 

Em nota, a direção da estatal destaca “responsabilidades perante os serviços essenciais oferecidos pelo Estado brasileiro” e reclama de “intransigência” das lideranças grevistas por “recusarem sistematicamente” propostas apresentadas pela empresa. Segundo os grevistas, a última proposta efetiva foi feita na reunião de 16/8, do mencionado reajuste de 7,28%. Daí as discussões no movimento paredista de levar o tema a dissídio. 

Outras reuniões foram realizadas na sexta, 19/8 e na segunda, 22/8, mas elas trataram tão somente de contingência – ou seja, apelos da direção do Serpro para o retorno ao trabalho de diferentes áreas da empresa para garantir a prestação de serviços. Mas há divergências entre grevistas e direção sobre o que pode ser considerado essencial. 

O Serpro sustenta a necessidade “não permitir que sociedade seja prejudicada”, enquanto os trabalhadores em greve ressaltam que se o impacto do movimento for nenhum, não há estímulo à negociação. E é diante desse aparente impasse que cresce a possibilidade de que a demanda por reajuste seja levada a dissídio. 

Em resposta à nota do Serpro, as entidades sindicais publicaram outra, na qual sustentam que “atacar a representação dos trabalhadores, solicitar a manutenção de sistemas não essenciais, impor prazos exíguos sem amparo legal não acelerará as negociações tumultua ainda mais as relações entre as partes”.


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