IBGE: Internet chega a 91,5% dos domicílios no Brasil
No Brasil, a internet chega a 91,5% dos domicílios e é usada por 161,6 milhões de pessoas com mais de 10 anos (87,2%), notadamente por celular (98,9% de quem usa), mas também pela TV (47,5%), computador (35,5%) e tablet (7,6%). No total, 161,1 mihões de brasileiros acessaram à Internet.
Como destaca o IBGE ao apresentar os números nesta quinta, 9/11, o crescimento vem desacelerando, na medida em que se aproxima da universalização do acesso. A expansão tem sido mais rápida nas áreas rurais, com redução da diferença em relação às áreas urbanas, de 40 p.p. em 2016 para 15,4 p.p. em 2022: 93,5% dos lares urbanos estão conectados, frente 78,1% dos rurais.
Essa proporção de domicílios rurais conectados era 33,9%, em 2016, na primeira edição da pesquisa. Depois passou para 67,5%, em 2021, e atingiu 72,7% no ano passado.
A pesquisa tem dois destaques: pela primeira vez foi medida a frequência de uso da internet e 93,4% disseram navegar todos os dias. Além disso, a PNAD registrou que a TV se consolidou como ferramenta de conexão mais comum que os computadores.
A região com maior percentual de usuários da internet segue sendo o Centro-Oeste, influenciado pelo Distrito Federal, que tem a maior proporção (96,6%) de usuários entre as 27 Unidades da Federação. As regiões Norte (82,4%) e Nordeste (83,2%) permaneceram com os menores resultados, mesmo apresentando as maiores expansões entre 2021 e 2022: 6,1 pontos percentuais (p.p.) e 5,1 p.p., respectivamente.
Entre as pessoas sem instrução, 39,4% acessaram a internet, percentual bem inferior ao dos demais grupos de escolaridade, como as pessoas com ensino superior incompleto (98,7%) e com superior completo (98,2%).
As crianças e os idosos são os grupos etários com menor percentual de pessoas que utilizaram a Internet em 2022. O grupo etário de 10 a 13 anos registrou 84,9%, e esse percentual cresce sucessivamente até alcançar o pico de mais de 96% de usuários nos grupos de 20 a 24 anos e de 25 a 29 anos.
Outros motivos apontados foram: serviço de acesso à Internet não estava disponível (5,4%), equipamento para acessar a Internet era caro (3,9%), falta de tempo (1,1%), preocupação com segurança (0,6%) e outro motivo (2,6%).