Integração de dados: um desafio do governo digital

Os serviços digitais não têm volta, e essa tem sido uma das lições apreendidas durante a pandemia da Covid-19. A aceleração digital é uma realidade, mas ainda há gargalos a serem superados. Em seu próprio processo de transformação, a Oracle passou a levar boa parte das aplicações on premise – um de seus pontos fortes – para a nuvem. “Hoje temos um certo equilíbrio entre essas duas plataformas [on-premise e cloud], o que é muito favorável ao governo porque há dados públicos estratégicos que muitos ainda receiam em levar para cloud”, afirma o diretor regional de Vendas da Oracle, André Bento.

Não por acaso as nuvens privadas são estratégicas no negócio e têm papel relevante na Oracle. “É como se tirássemos um metro quadrado dos nossos datacenters e instalássemos diretamente no centro de dados do cliente. Assim, ele tem toda a experiência e os ganhos da nuvem, mas com os dados sob seu teto”, diz. A Oracle vem crescendo anualmente no mercado de nuvem, com foco relevante nos ambientes privados e também pronta para atender novas demandas em nuvem pública ou híbrida, com dois datacenters na America Latina, um deles no Brasil. “Somos muito presentes, em vários órgãos federais, estaduais e municipais”, relata André Bento.

E aqui ele destaca um ponto relevante: a necessidade de fazer a integração de dados entre as diferentes esferas governamentais. Os usuários, observa André Bento, foram criando soluções próprias com bancos de dados que nem sempre estão integrados. E a nuvem desponta como o meio mais eficiente para equacionar essa ‘falta de conversa’, ao permitir integrar as informações e criar serviços com dados do cidadão mais amplos e assertivos. “A escalabilidade da nuvem também é muito atraente para seu uso no setor público, especialmente com serviços muitas vezes sazonais”, sublinha o executivo da Oracle.

Há outros desafios enfrentados na área governamental referentes ao uso da tecnologia. Um deles é a possibilidade de mudança de gestão de quatro em quatro anos, conforme o calendário eleitoral. Quando se trata do desenvolvimento de aplicativos, o processo no passado era encarado pelas equipes como algo com um tempo muito longo para sua implementação, provavelmente além do que estariam presentes nos órgãos. E mais uma vez a nuvem está permitindo uma mudança importante. “Como temos vários aplicativos na nuvem que estão despontando como líderes de mercado, começa a haver um entendimento de que o cliente consegue ter um pacote com uma experiência de implementação mais simples e com enormes ganhos para o setor”, completa André Bento.


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