Inteligência artificial: algoritmos ‘roubam’ liderança dos consumidores
A Internet das Coisas (IoT) oferece inúmeras oportunidade com potencial de gerar US$ 11 trilhões no mundo até 2025 por meio de 50 bilhões de dispositivos conectados até 2020. Mas há inúmeros desafios a vencer. Ainda há 4 bilhões de pessoas sem acesso à internet e riscos e desafios de cybersegurança. O cenário foi descrito por Eduardo Magrani, professor de direito e propriedade intelectual da Fundação Getúlio Vargas- FGV.
Magrani alertou que os dados são o novo petróleo e as pessoas não estão sendo informadas pelas empresas do que está sendo feito com o seu dado, de que forma ele está sendo monetizado e nem como ela pode participar dessa monetização ou impedi-la. Ele diz que há vários modelos de negócio de armazenamento e tratamento de dados e as pessoas não sabem como se proteger. O Brasil é um dos países mais atrasados em legislação sobre proteção de dados digitais. O Marco Civil se baseia na aceitação do consumidor, ocorre que ninguém lê os termos de uso e não sabem que soluções como Pokemon Go podem até enviar um e-mail em seu nome.
Na sua participação na 15ª Rio Info 2017, Magrani revelou um estudo da FGV, realizado em 50 plataformas, no qual se constatou que 66% delas coletam mais dados do que necessitam; 56% retêm mais dados do que o necessário, 48% permitem o acesso a outro site e 72% permitem o acesso de terceiros dentro da plataforma. Para Magrani, isso leva a crer que o modelo de consentimento fracassou. Assistam a entrevista com o especialista da FGV.