Jundiaí, em São Paulo, implementa nuvem de segunda geração para se tornar cidade inteligente

A nuvem é o maior agente de democratização da tecnologia de ponta. Essa máxima é repetida à exaustão por Bernard London, arquiteto de Soluções para o Setor Público da Oracle. London integrou a equipe que desenvolveu o projeto de cidades inteligentes para a prefeitura de Jundiaí (SP). Inaugurado em outubro de 2019 e considerado um caso de sucesso de cidades inteligentes em municípios de menor porte, o projeto de Jundiaí resultou em um aplicativo que oferece mais de 115 serviços aos cerca de 400 mil habitantes do município.

Com mais de 50 mil downloads, o aplicativo permite ao morador de Jundiaí fazer uma reclamação, anexando fotos, e acompanhar o desdobramento do assunto até a solução. Hoje há mais de 430 temas disponíveis, que vão desde um pedido para tapar um buraco ao atendimento terapêutico com videochamada para mitigar os efeitos da solidão durante a pandemia.

Vittor Lemos, responsável por Atendimento e Vendas de Pequenas e Médias Contas de Governo na Oracle, diz que o projeto de Jundiaí já passou por uma etapa de expansão para oferecer mais funcionalidades à população. Segundo Lemos, trata-se de uma solução em nuvem de segunda geração, que inclui desde a infraestrutura até o módulo de software como serviço (SaaS – software as a service). Ele conta que os produtos de software como serviço facilitaram os recursos para atendimento ao cidadão.

“Esses produtos utilizam os recursos de bancos de dados da Oracle para fazer toda a gestão dessas informações. No fim do dia, os dados são o mais importante. Então, é preciso ter acesso rápido e com segurança a esse banco. Existe uma personalização que, com um software como serviço, vem praticamente pronta”, explica Lemos.


Jornadas diferentes em cada município

A Oracle entende que cada prefeitura tem uma jornada própria para a nuvem, além de velocidades diferentes para realizá-la. Lemos diz que a nuvem de segunda geração da Oracle consegue suportar diversas frentes dessa jornada.

“Pode ser um simples processo eletrônico de documentos até um software de serviço para o cidadão, como o desenvolvido em Jundiaí, que permite identificar um problema, como um buraco na rua, fazer a foto, abrir um chamado, que conta com um recurso de geolocalização, e acompanhar a demanda até sua resolução”, detalha Lemos.

Outra vantagem da Oracle nos projetos de cidades inteligentes, de acordo com Lemos, é contar com uma extensa rede de parceiros e estar aberta a admitir empresas locais nessa rede. “Nossa nuvem consegue suportar a solução de parceiros que se habilitem a atender nossos clientes de uma forma mais sustentável e barata. Assim, é possível desenvolver projetos de cidades inteligentes em prefeituras de qualquer porte.”

Do ponto de vista de infraestrutura, London destaca que alguns serviços digitais muito comuns em prefeituras, como matrícula escolar e cadastro de imóveis, exigem condições de armazenamento. Segundo ele, em prefeituras com recursos limitados para investir em uma infraestrutura de tecnologia, a solução da Oracle transfere todo o processo de desenvolvimento na nuvem da Oracle. “Nossa nuvem já traz na sua concepção tecnologias emergente como machine learning, analítico, mobilidade, IoT, blockchain. Essas tecnologias já são parte do tecido da nuvem de segunda geração da Oracle”, enfatiza London.

O arquiteto de Soluções para o Setor Público da Oracle observa que, ao contratar o banco de dados para armazenar informações, o cliente tem direito a uma linguagem de programação, a APEX. Ele afirma também que a nuvem da Oracle é a primeira que pode ser chamada de segunda geração por ser construída em cima de tecnologias autônomas.

A estratégia, agora, afirma London, é massificar o uso da nuvem de segunda geração, com o apoio de parceiros para impulsionar a oferta de serviços digitais no País.

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