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Maior Pix já feito até agora foi de R$ 1,2 bilhão

O Banco Central divulgou nessa segunda, 4/9, o “Relatório de Gestão do Pix – Concepção e primeiros anos de funcionamento 2020-2022” (em PDF). O documento traz uma radiografia dos três primeiros anos do serviço de pagamento instantâneo.  O documento mostra que até dezembro de 2022, 133 milhões de pessoas físicas já tinham feito ou recebido pelo menos um Pix, o que equivale a 77% da população adulta. 

Em vinte unidades da Federação, o percentual de adultos usuários do Pix é superior a 70%, com destaque para o estado de Roraima e o Distrito Federal, que apresentam percentual superior a 90%. Mesmo entre os menores índices, nos estados do Maranhão e do Piauí, o percentual de adultos usuários do Pix ainda é acima de 60% 

As transferências e os pagamentos por meio do Pix são majoritariamente realizados por adultos na faixa dos 20 aos 39 anos. Entretanto, a proporção de transações de usuários com idade entre 30 e 39 anos caiu de 36%, em novembro de 2020, para 31% em dezembro de 2022, uma vez que, desde o lançamento do Pix, o perfil dos usuários expandiu na faixa até 19 anos e discretamente na faixa entre 50 e 59 anos. Os dados demonstram que a utilização do Pix tem mostrado crescimento tanto na população mais jovem, embora ainda com modesto grau de utilização (3,5% do total), quanto na população mais madura. 

Quando consideradas as pessoas com renda de até um salário mínimo, mais de 60% da população já enviou ou recebeu pelo menos um Pix, e 71% é detentora de chave Pix, o que mostra o quão importante o Pix se tornou como meio de transferência de recursos para a população de menor renda. Já nas faixas de maior renda, o Pix já foi utilizado por mais de 87% da população, e mais de 89% das pessoas nessas faixas de renda possuem chaves Pix registradas. 

“O Pix é um dos principais casos de sucesso globalmente na indústria de pagamentos na atualidade, assim, a divulgação desse relatório é bastante importante como forma de dar transparência às ações do BC e de prestar contas à sociedade”, disse Carlos Eduardo Brandt, chefe da Gerência de Gestão e Operação do Pix.


O relatório detalha a ‘Agenda Evolutiva do Pix’ para 2023, que tem como prioridade o desenvolvimento do Pix Automático e a evolução contínua dos mecanismos de segurança. Também é apresentada a visão de futuro do Pix, abordando as possibilidades de desenvolvimentos futuros, com objetivo de ampliar os casos atendidos e alavancar ainda mais seu uso, atendendo as demandas da sociedade. 
O documento cita que, mesmo já sendo bastante usado pela população para pagamentos e transferências, o Pix ainda não atingiu todo seu potencial, com alguns obstáculos por superar, com os produtos e as funcionalidades a serem desenvolvidas devendo impulsionar ainda mais intensamente o serviço.
Em especial, o BC ressalta que o Pix segue em evolução, mas isso depende que o ecossistema aposte no uso de tecnologias da informação. “Para os recebedores, principalmente empresas e entes governamentais, ainda existe o desa o de gerar, de forma e ciente, cobranças em lote e de adaptar os sistemas internos dos emissores de cobrança, para a automatização dos processos”, diz o BC. 
“O Pix disponibiliza a facilidade de integração de sistemas, mas o processo exige desenvolvimento tecnológico por parte das empresas de soluções de automação comercial e de gestão empresarial (como os sistemas ERPs e PDVs). Outra questão relaciona-se aos pagamentos nos pontos de venda, tanto físicos quanto eletrônicos, que envolvem a necessidade de desenvolvimentos tecnológicos por parte de empresas de software de automação comercial e de ações de integração e de sinalização pelas empresas, o que também demanda tempo de adaptação”, conclui o documento. 

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