Mais de 70% das escolas no Brasil assumem casos de cyberbullying
Um dos maiores desafios dos dias de hoje é saber como inserir as crianças no universo da internet, cada vez mais convidativo e cheio de referências de personalidades que são referências de sucesso atualmente.
“Normal que a criança queira participar das redes sociais, ser youtuber, porque eles admiram muito, como por exemplo, o jogador de futebol. Ela vê na tela e quer ser igual. Mas não tem maturidade para lidar com tudo que vem junto: comentários: ansiedade por seguidores e por likes. O quanto a gente puder evitar essa exposição é melhor”, orienta a especialista e psicopedagoga Érica Alvim, que participou do DISI21, evento realizado no dia 11 de fevereiro, pela RNP, por meio do seu Centro de Atendimento a Incidentes de Segurança (CAIS).
O cyberbullying é um dos temas mais complexos e ganha proporções com a massificação da Internet. ” O que antes era uma zoação na sala de aula, de repente, pode virar uma zoação com mais de milhão de pessoas. Isso é muito complicado para o jovem. E cabe, sim, ao responsável, sendo o seu filho o agressor ou o agredido, ficar muito atento”, reforça Érica Alvim.
Um levantamento do instituto IPSOs mostra que 70% das escolas no Brasil admitem terem vivido casos de cyberbullying e para a psicopedagoga, a prevenção segue sendo o melhor caminho em tempos de uma Internet mais hostil.
“Temos de pensar a Internet como um lugar real. Todos nós ficamos mais tempo do que desejamos nas Internet e a criança e o jovem não são diferentes. As escolas precisam agir de forma preventiva e não esperar a ação acontecer para educar. E isso ainda temos de melhorar. Não é culpar, mas, sim, responsabilizar”, salientou Érica Alvim. Assistam a participação da especialista no DISI21.