Minas se adapta ao blockchain e chega a 1 milhão de carteiras de identidade digital
Minas Gerais cumpriu os prazos da Secretaria de Governo Digital e, desde janeiro desse ano, emite as carteiras de identidade digital para toda a população e está chegando a 1 milhão de carteiras emitidas, com uma média de 190 mil por mês, número bem acima dos demais Estados. Para se adequar ao sistema proprietário do Serpro e da Receita Federal, Minas Gerais teve que, por meio da Prodemge, de aderir ao blockchain, e exigiu uma força-tarefa técnica. Isso porque foram feitas 27 integrações para fazer o sistema rodar.
“Blockchain não é novidade para nós, mas exigiu um trabalho forte. Nós já usamos o Hyperledger, que é a usada pela Receita. Certamente a carteira de identidade digital é o maior projeto de blockchain do país”, detalha o gerente de Sistemas de Segurança Civil – Érico Gomes, em entrevista à CDTV, do portal Convergência Digital, durante o Inova 2024, evento organizado pela Network Eventos para a Prodemge, em Belo Horizonte.
A maior barreira hoje náo está na questão técnica. São as fake News, uma vez que mentiras foram disseminadas que a carteira de identidade tradicional iria perder a validade. “Muito ruim porque houve uma corrida aos postos de identificação sem necessidade e determinou uma sobrecarga desnecessária. O prazo para a troca vai até 2032”, reforça Érico Gomes. Já o ponto positivo foi a integração feita com o Tribunal Superior Eleitoral para a troca de informações por meio da biometria.
Do ponto de vista prático, Minas Gerais montou um cronograma de implantação da carteira de identidade digital. Hoje são 6500 atendimentos diários e a meta é chegar a 10 mil vagas diárias. Com quase 1 milhão de novas carteiras emitidas, o Estado terá de trocar a identificação de 21 milhões de documentos em 10 anos. Assistam a entrevista com Érico Gomes.
A diretora do Instituto de Identificação de Minas, Adriana de Barros Monteiro, comemora o fato de Minas Gerais estar à frente da emissão da carteira de identidade digital no país.
“A carteira é um garantidor de direitos de usufruto de benefícios. Nós decidimos construir, implementar e colocar o ar. As integrações com a Receita, com o TSE, colocar todo mundo conversando de forma uniforme foi o nosso desafio técnico. Ter essa carteira digital unificada vai reduzir as fraudes e trará uma certificação das pessoas”, diz.
Daqui para frente, pontua Adriana de Barros Monteiro, a busca é por aumentar o número de postos de atendimentos, hoje, são 400 disponíveis. Assistam a entrevista.