P2P pode encerrar a vida útil dos DOCs e das TEDs no serviço bancário
Representantes da indústria de meios de pagamento reforçaram no Ciab 2018, realizado de 12 a 14 de junho, em São Paulo, o posicionamento de que as empresas estão prontas para iniciar a oferta de serviços P2P (Person-to-Person). Executivos da Elo, Mastercard e Visa deixaram claro que a infraestrutura que suporta os atuais meios de pagamento é mais do que suficiente para atender à demanda por serviços P2P.
“O Banco Central vem buscando que construamos juntos meios de pagamentos mais eficientes, em uma agenda de redução de custos, e que a gente abra uma cruzada para aumentar e distribuir novos fluxos que tirem o dinheiro de circulação”, afirma. Para isso, a instituição conta com um grupo de trabalho, chamado Pagamentos Instantâneos, que está discutindo quais seriam os requisitos fundamentais para se estabelecer no Brasil um ecossistema de pagamentos instantâneos.
“O grupo vem discutindo como estabelecer e construir as ações necessárias para que isso saia do papel e se torne realidade. O foco é a redução de custos e a criação de um sistema altamente inclusivo e interoperável”, diz, lembrando que, neste contexto, a indústria de meios de pagamento se encaixa perfeitamente.
O diretor de Pagamentos Digitais & Labs da Mastercard, Guilherme Esquível, diz haver urgência no início da oferta de novos serviços de pagamentos. “Na nossa indústria, como no futebol, não existem espaços vazios. Se não tivermos uma proposição de valor para o P2P, alguém terá”, afirma.
E isso não deve demorar. De acordo com Daniel Passarelli, superintendente de Inovação da Elo, os trilhos já estão prontos. “O regulador tem puxado esta agenda com foco em redução de custos, interoperabilidade e disponibilidade imediata de fundos para o recebedor. Mas o poder da mudança está nas mãos do consumidor. A decisão de mudar a experiência será dele”, diz.