Nenhum outro método de pagamento usado em países emergentes deve crescer tanto quanto o Pix em compras on-line nos próximos anos, de acordo com estudo do Ebanx. Os dados indicam que o instrumento de pagamento instantâneo brasileiro terá um crescimento composto anual de 35% até 2027.
É um ritmo mais acelerado que estimado para o UPI, sistema de pagamento instantâneo da Índia e um dos mais usados no mundo. O estudo estima uma alta anual de 18% no mesmo período para o UPI.
Outros sistemas de transferências baseadas em conta devem ainda registrar alta no comércio digital até 2027, com expansão média estimada em 28% ao ano em diferentes países emergentes.
As projeções foram feitas pela Payments and Commerce Market Intelligence (PCMI) e fazem parte da nova edição da Beyond Borders, pesquisa anual do Ebanx sobre tendências de consumo on-line na América Latina, África e Índia.
“Os mercados emergentes estão liderando a mudança global em direção aos pagamentos em tempo real, com inovações que respondem às demandas das populações desses países por rapidez e conveniência”, diz João Del Valle, CEO e cofundador do Ebanx, em nota.
Del Valle destaca que o Pix é um expoente dessa transformação e que o Pix Automático, previsto para ser lançado em junho deste ano pelo Banco Central (BC) “tem o potencial de remodelar o mercado digital brasileiro”.
O recurso funcionará de maneira semelhante ao débito automático e permitirá, por exemplo, pagamento de streamings, contas de luz, mensalidades de academias e planos de saúde de forma recorrente via Pix.
O estudo projeta que o Pix Automático poderá movimentar mais de US$ 30 bilhões em pagamentos recorrentes on-line em dois anos. De acordo com o Ebanx, trata-se de “um volume significativo para um mercado dominado por cartões de crédito e que atualmente movimenta US$ 50 bilhões por ano no Brasil”.