
O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e o Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas (CBPF) inauguraram dois laboratórios, de Tecnologias Quânticas e de Inteligência Artificial para Física, na sede do CBPF, localizada no bairro da Urca, no Rio de Janeiro, e também lançaram a pedra fundamental do novo edifício da instituição no Parque Tecnológico da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), na Cidade Universitária.
A ministra Luciana Santos destacou que as novas estruturas representam um marco para a ciência nacional e dão um passo estratégico no fortalecimento do Rio de Janeiro como capital da pesquisa de excelência e inovação em Física. As novas instalações e a futura expansão posicionam o CBPF, unidade de pesquisa vinculada ao MCTI, como um hub de Física voltado ao desenvolvimento científico, tecnológico e inovador.
“Este momento simboliza mais do que a abertura de novas instalações. Representa um salto estratégico para o nosso País. Estamos plantando as sementes de um futuro onde a ciência de ponta será a alavanca para resolver desafios complexos da sociedade, desde a segurança cibernética até a exploração sustentável de recursos naturais”, pontuou.
Investimento
Os dois laboratórios receberam cerca de R$ 46 milhões em recursos do MCTI, por meio da Finep, além de outros investimentos oriundos do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). No total, de 2023 até agora, a pasta apoia, via Finep, cinco projetos com o CBPF, que somam em torno de R$ 60,5 milhões.
Luciana Santos comparou os desembolsos para as vinculadas nos anos recentes. “No período de 2019 a 2022, os desembolsos médios anuais para as unidades de pesquisa limitaram-se a R$ 90,3 milhões. Ao passo que, nos anos de 2023 e 2024, esses desembolsos anuais médios ultrapassaram R$ 768 milhões, o que representa uma evolução de quase 750%. Não é pouca coisa”, disse.
As novas instalações atuarão como propulsores nacionais para a pesquisa e inovação em Física. O Laboratório de Tecnologias Quânticas (QuantumTec) se destina à fabricação de dispositivos supercondutores – conhecidos como chips quânticos –, SQUIDs (dispositivos de interferência quântica supercondutores, em tradução livre), amplificadores paramétricos, detectores de fótons, entre outros; e à comunicação quântica. Promove a integração entre nanotecnologia, IA, criptografia quântica e afins.
As linhas de pesquisa possuem recursos do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia de Informação Quântica (INCT-IQ), da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), da Fundação de Amparo à Pesquisa do Rio de Janeiro (Faperj), do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e da Petrobras.
Inteligência Artificial
O Laboratório de Inteligência Artificial para Física (Lab-IA) dedica-se à pesquisa e desenvolvimento de algoritmos para IA que respondam problemas em astrofísica, cosmologia, geofísica e petrofísica. O Lab-IA possui colaborações nacionais e internacionais, como o S-PLUS, o SOAR, entre outros; além de estar presente em parcerias para inovação com projetos com a indústria de óleo e gás.
A instalação conta com apoio do FNDCT, Finep, Faperj, Petrobras e CNPq. O Lab-IA está inserido no contexto do Plano Brasileiro de Inteligência Artificial (PBIA), que busca posicionar o País como referência mundial em inovação e eficiência no uso da inteligência artificial, especialmente no setor público.