Segundo Ipea, 11,6 milhões de domicílios teriam internet se houvesse oferta
Ao analisar critérios de como priorizar investimentos em banda larga, a pedido da Anatel, o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada concluiu que até 11,6 milhões de domicílios brasileiros, ou 17% do total, poderiam já usufruir do acesso a internet caso houvesse oferta do serviço.
Nessas contas, atualmente 39,1 milhões de domicílios já têm acesso à internet, seja por conexões fixas ou móveis (3G, 4G). “Se a oferta fosse universal, esses 39,1 milhões passariam para 45 milhões. Ou seja, 6 milhões de domicílios têm capacidade de consumir, mas não consomem porque o serviço não chegou lá”, afirmou o diretor de estudos regionais do Ipea, Alexandre Ywata.
Esse número poderia ser ainda maior e chegar a 50,7 milhões de domicílios que teriam capacidade de consumir internet no caso de ampliação das redes nas principais regiões metropolitanas do país. Ou seja, há um grande mercado potencial que poderia ser atendido pelo lado da ampliação da oferta.
A conclusão faz parte do trabalho que avalia como priorizar os investimentos em redes a serem impulsionados a partir da nova política pública de banda larga, na qual se espera usar a conversão de multas e o valor da adaptação de concessões para autorizações. Nele, o Ipea separou os municípios brasileiros em seis grupos: urbanos de maior renda, rurais de maior renda, urbanos de menor renda, semiurbanos de renda média, rurais vulneráveis e rurais mais pobres.
“O objetivo do projeto é fornecer subsídios ao governo federal para a formulação de estratégias para universalização do acesso à internet no Brasil. O projeto tem três etapas: avaliação do impacto usando dados históricos do aumento de acesso à internet, dimensionamento do mercado potencial para serviços de internet e avaliação do impacto de diferentes estratégias de priorização de municípios para novos investimentos na ampliação da rede”, explica o Ipea.