Governo

Transformação digital: Atenção do governo ao risco de digitalizar a burocracia

Com 1.195 serviços públicos já disponíveis totalmente pela internet, essa linha de ação na estratégia de transformação digital do governo federal segue em curso para atingir 100% de atendimentos possíveis de forma online até o fim de 2022. Mas como ressaltado pelo secretário adjunto de Governo Digital, Ciro Avelino, não se trata de transferir para a internet a mesma burocracia do mundo físico.

“O desafio é não fazer uma mera transposição do que já existe para o digital, e isso envolve se debruçar sobre as informações para que os processos sejam revistos e muitas vezes até deixem de existir. Porque às vezes a maior transformação digital de um serviço é ele deixar de existir. Sabemos que precisamos evitar a digitalização da burocracia. Esse processo envolve avaliar a própria necessidade do serviço, do valor que ele entrega à população”, disse Avelino ao participar, nesta terça, 23/3, do Brasscom TecForum 2021. 

Nas contas da SGD, até aqui a digitalização trouxe uma economia potencial de R$ 2 bilhões por ano em redução da burocracia. “Cerca de 98% de redução de custo é possível ao se adotar o atendimento digital. Não adotar hoje as ferramentas do século 21 traz muitas ineficiências”, lembrou o secretário adjunto. 

Mas se por um lado cabe avaliar o que merece ser digitalizado, também merece cuidados o uso disseminado dos dados pessoais dos cidadãos. Como afirmou Avelino, o processo incorporou como premissas a proteção de dados e a segurança da informação. E com isso, a própria interoperabilidade das bases de informações governamentais entra na equação. 

“Ainda tem muito caminho pela frente, muita coisa para ser feita. E uma das questões onde a gente precisa avançar é especialmente a governança de dados, interoperabilidade, governo aberto e proteção de dados. Hoje a gente percebe a relevância de se trabalhar proteção à privacidade e dados pessoais. Temos um ambiente com migração de muitas operações, no governo e na sociedade, aumenta a superfície de risco. Então a segurança da informação, a proteção de dados se torna requisito fundamental.”


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