Um terço das casas no Brasil usam antenas parabólicas
Ao divulgar uma nova rodada de dados coletados na PNAD Contínua de 2017, o IBGE indicou que em 2017 80% dos domicílios do país já estavam preparados a viver somente com as transmissões digitais de TV.
Ao mesmo tempo, a pesquisa demonstrou o universo potencial de problemas com o uso da faixa de 3,5 GHz para o 5G, diante do risco de interferência com antenas parabólicas. Elas estão em 23 milhões de domicílios, ou praticamente um terço (32,5%) do total.
Ao mesmo tempo, resta um universo não desprezível de 4,2 milhões de lares sem qualquer alternativa ao desligamento analógico. E isso apenas entre aqueles em que hoje há televisores. Outros 2,3 milhões de lares não podem ou preferem não tê-las.
No caso das parabólicas, a maior parte (70%) está em áreas rurais. Mas chegam a representar praticamente a metade (46%) de toda a recepção de televisão no Nordeste do país e 40% no Norte. Significativas em todo o país, estão em 36% das residências no Centro-Oeste, 33,3% no Sul e 22,2% no Sudeste.
Do ponto de vista do 5G, e de eventuais ações de mitigação de interferência, usando o exemplo do processo da TV Digital, o IBGE demonstra que apesar de estarem em um terço das residências, as parabólicas são a única alternativa em apenas 6,5 milhões de lares, ou quase 10% do total.