Wi-Fi 6E: o futuro da infraestrutura do Wi-Fi
As enormes diferenças dentro do Brasil devem ser contempladas no planejamento de telecomunicações. É preciso entender que as necessidades dos paulistanos são diferentes daquelas de pessoas que vivem no interior do País. A complexidade brasileira, que vai das demandas regionais ao tipo de edificação das moradias, foi levantada por Hugo Ramos, chefe de Tecnologia da CommScope para Caribe e América Latina, para explicar a urgência por mais espectro.
Durante sua apresentação no evento Wi-Fi 6E Brasil, organizado pelo Wi-Fi NOW, com a colaboração do Convergência Digital, nesta quarta-feira, 3/3, Ramos apontou que a faixa de espectro de 2,4 GHz está bastante ocupada e a de 5 GHz começa a ficar também. “A faixa de 6 GHz, com 1200 Mhz, é importante para nós e para o Brasil, porque as faixas de 2,4 GHz e 5 GHz estão congestionadas”, disse, justificando a importância do Wi-Fi 6 para aumentar a capacidade e melhorar a eficiência das redes.
“Com todas as funções, funcionalidades e novas tecnologias que o Wi-Fi 6 traz, ele vai ajudar muito a lidar com o uso dos recursos dentro de casa e é importante devido à baixa latência e baixa potência em ambientes internos”, sinalizou. No ambiente externo, Hugo Ramos apontou a coexistência de diferentes tecnologias provendo conectividade e habilitando, por exemplo, cidades inteligentes, inclusive com Wi-Fi 6 integrando-se a essas redes como uma complementação.
“Portanto, é tudo sobre problemas regionais fundamentais e casos de uso e, particularmente, se dermos uma olhada nos utilitários de transporte da indústria 4.0, eles vão se preocupar muito com mobilidade, alta confiabilidade, baixa latência e segurança”, disse, explicando que cada caso de uso irá requerer uma ou mais tecnologias. “O Wi-Fi pode ser usado em alguns casos e podemos mostrar que o não licenciado pode ser dez vezes menos caro do que o licenciado.”