Inovação

Amy Webb: Líderes, não desprezem a IA. Investiguem. Aprendam para não morrer

Ao participar do Dell Fórum, realizado pela Dell Technologies em São Paulo, para comemorar os 25 anos de presença no Brasil, a futurista e CEO da Future Today Institute, Amy Webb, mandou um recado:” Não desprezem a IA como se desprezou a Internet. Investigue. Aprenda. Senão morre.”

Amy Webb dividiu a sua participação em passado, presente e futuro. Há 25 anos, lembrou, a Internet começava a construir sua história, o Japão era o centro das atenções tecnológicas com suas máquinas fotográficas e DVDs, e logo depois surgiu a Internet. “Eu percebi que a Internet seria excitante. Fui jornalista e falei para os meus chefes. E eles me pediram para esquecer. Ficou provado que não era. A tecnologia avançou e muitos jornais sucumbiram”, determinou.

A futurista foi além. Reforçou que Inteligência Artificial não é uma buzzword e mandou um recado: não desprezem a IA como se desprezou a Internet. “A IA chegou para ficar. E não é sobre o futuro. É sobre o presente. Quem não investigar, quem não ficar atento, vai sucumbir. Sejamos resilientes. Muitas mudanças estão vindo de verdade”, afirmou.

Mas Amy Webb admitiu que que é um momento desgastante para quem comanda negócios. Segundo ela, num mundo ideal, os CEOs passariam metade do tempo nas operações diárias, e metade planejando o futuro, o problema é que não há como fazer isso o tempo todo. O presente toma muito tempo. Para Amy Webb, os tomadores de decisão das empresas têm o poder de remodelar a sociedade, a economia e o planeta. “Temos de trabalhar e rápido”, advertiu.

Ao falar do futuro, Amy Webb não se furtou a fazer previsões como a que os aparelhos conectados devem chegar a 37,5 bilhões em 2030, o que vai aumentar mais e mais o poder dos dados, e por efeito dominó, da demanda por chips e da inteligência artificial. E uma das previsões de Amy Webb promete agitar.


Segundo ela, as LLMs, os modelos de linguagem não serão mais suficientes e vão ser substituídos pelos Large Action Models, os agentes. “Vamos precisar mais e mais de cloud, de armazenamento e de hardware capaz de processar”, pontuou. Segundo ela, haverá os PLAMs, que vão ajudar as pessoas a tomar decisões. Haverá ainda os GLAMs, modelos de linguagem para as empresas, e os CLAMS, modelos corporais, que auxiliarão em diagnósticos e tratamentos e GLAMS, para governos.

E para finalizar, Amy Webb fez uma previsão para 2049 para lá de polêmica: a expansão do EVO, uma IA generativa voltada para a biologia, que poderá gerar organismos a partir de um simples prompt. “Essa biologia generativa trará outras possibilidades, como criar um microcérebro, que pode ser acoplado a um computador, gerando um biocomputador, com um poder computacional enorme.” O tempo dirá se Amy Webb está certa ou não.

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