Ao inovar, Healthtechs quebram as regras e atraem investimentos
A pandemia de Covid-19 impulsionou a inovação e a disrupção na cadeia de saúde com o surgimento de mais de mil heatltechs, mercado que está atraindo grandes investimentos de fundos e grandes grupos do setor, afirmaram especialistas no 5×5 Tec Summit Saúde, realizado nesta terça-feira,07/12.
Como disse Cristiane Giordano, presidente da Funcional HealthTech, a saúde se tornou mais relevante. “As healthechs trazem mais inovações em saúde, e são responsáveis pelo balanço saudável no ecossistema de saúde neste momento”, analisou. A executiva argumenta ainda que as healthtechs suportam o sistema tradicional de saúde para melhorar a acessos a assistência e a medicação, além de promover mais integralidade nesse processo. “Ao final da jornada do paciente, o acesso à medicação e, ao mesmo tempo, dar confiabilidade são ganhos importantes”. acrescentou.
Já o Dr.Fábio Tabalipa, sócio e head de Inteligência Clínica na Memed, entende que o ecossistema nas healthtechs brasileiras teve um crescimento desde 2018 e um aumento de investimentos neste segmento. “Vivemos o contraste da explosão do mercado por vários fatores. Um deles se dá pela soma de tecnologias empregadas e nas soluções mais eficientes e menores custos”, disse.
Segundo ainda ele, a demanda alta pela assistência à população foi apenas um impulsionador. Muitas empresas com cultura e timing adequado já se adaptaram às inovações propostas por estas empresas nativas digitais e rapidamente se integraram para proporcionar saúde por meio delas aos seus colaboradores.Para o executivo, três pilares facilitaram o caminho das empresas de saúde digitais: as soluções tecnológicas, os profissionais de saúde e o acesso aos remédios.
Para Marcus Figueredo, CEO da Hilab, o mercado de healthtechs tem explorado uma fraqueza do Brasil na área laboratorial, dando espaço para criação de empresas que preencham esta lacuna. “A distância dos laboratórios entre a inúmeras cidades do país permitiu que uma empresa como a nossa atendesse mais pessoas, mesmo as que não tem acesso, a fazerem exames de forma mais rápida e barata”, comentou.
A ideia da healthtech é simples, ter um laboratório de análises clínicas descentralizado, para exames rápidos, com custo baixo. “Levamos uma parte do ecossistema de saúde para quem não tinha acesso, para aqueles que só tinham o SUS. Nosso objetivo como empreendedores não é ser o unicórnio do segmento – mas quebrar barreiras a fim de democratizar acesso à saúde”, explicou.
“Este movimento das healthtechs, mesmo durante a pandemia mostrou que os sistemas de saúde são disfuncionais no mundo. Uma cultura híbrida do digital e real diminui a distância entre os exames de saúde para o diagnóstico e um atendimento que será percebido com mais envolvimento para um maior número de pessoas”, concluiu.