Brasil sedia centro de inovação e prova de conceito de IoT e Blockchain da IBM
A transformação digital exige que o investimento em inovação se comprove em aplicações práticas para o dia a dia dos negócios. É nessa linha que a IBM Brasil trouxe para o Brasil – o primeiro país da América Latina e o quinto do mundo – a iniciativa da Garagem 11:57 (referente ao endereço da sede da companhia em São Paulo). O espaço é destinado para acelerar a entrega dos projetos inovadores, em especial, os de Internet das Coisas, Blockchain e computação cognitiva, com o uso do Watson. A base dessas aplicações está na massificação da plataforma para aplicativos na nuvem, Bluemix.
“Com a Internet das Coisas, o blockchain sai do cenário do segmento financeiro e ganha o dia a dia de vários segmentos, entre eles, o de logística e o do varejo. As empresas anseiam por ter protótipos efetivos. As provas de conceito reais e em tempo efetivo para justificar os recursos aplicados. É essa a missão do Garagem 11:57. Mostrar que a Inovação não é teoria. Ela tem que ser executada”, pontuou o diretor de soluções da IBM Brasil, Mauro D’Angelo, no lançamento da iniciativa, realizado nesta quarta-feira, 15/02, na capital paulista.
O arquiteto de Soluções de Indústria para Bancos e Mercados Financeiros da IBM Brasil, Luiz Jeronymo, sustenta que o blockchain propõe um regime comum para uma cadeia de valor que, hoje, sofre com processos ineficientes, vulneráveis e custosos. A proposta é mitigar os riscos e garantir a divisão de direitos e deveres no ecossistema produtivo. “Estudos dão conta que 15% das grandes empresas vão fazer blockchain em 2017. Eles vão puxar todos os investimentos para os próximos anos. E Internet das Coisas é crucial para o sucesso desses projetos”, ressaltou.
A IBM revelou o exemplo de uma cidade finlandesa, Kouvola, que fechou um contrato de três anos para unir supply chain e blockchain no segmento de logística. “Toda a parte econômica da cidade passa pelas empresas de logísticas. São mais de 200 na cidade e há um plano de tornar a localidade num centro para a área asiática. Fretes, cargas e contêineres serão compartilhados e monitorados pela rede de blockchain e Internet das Coisas”, explica Jeronymo.
A Garagem 11:57 também servirá para massificar a plataforma de aplicativos na nuvem Bluemix, que hoje já contabiliza mais de 150 serviços ou APIs da IBM ou de terceiros, revela a executiva da área de vendas e estratégia da Bluemix na IBM Brasil, Christina Brunner. Ela revela que a flexibilidade é o diferencial da plataforma. “Nós atuamos da forma que o cliente quer. No Brasil, por exemplo, temos dois clientes que não querem compartilhar na nuvem pública e criaram ambiente privados no data center de Jundiaí. Também temos um grande cliente que decidiu usar a Bluemix, 100% no seu data center”, ressalta.
Com a ideia de acelerar as provas de conceito, a Garagem 11:57 não será um espaço gratuito, apesar de a IBM assegurar que não tem a ambição de fazer lucro com a iniciativa. A monetização virá, acreditam os executivos da empresa, da concretização do uso das soluções nas corporações. “E já começamos forte. Há demanda e empresas nos buscando”, ressalta Mauro D’Angelo. A IBM possui iniciativas semelhantes a Garagem 11:57 em São Francisco e Nova York, nos Estados Unidos, em Melbourne, na Austrália, e Tóquio, no Japão.