Brasil tem uma indústria de componentes com prós e contras
O Brasil, tem sim, com seus prós e contras, uma indústria nacional de componentes, que, aliás, é um pulmão existente e manteve as fábricas funcionando nos três primeiros meses da pandemia, observa Norberto Maraschin Filho, vice-presidente de Negócios de Consumo e Mobilidade da Positivo Tecnologia. Para o executivo, o incentivo à indústria nacional tem de ser menos baseado em ideologia e mais em estratégia.
“O coronavírus está determinando um repensar no efeito da globalização, mas no caso do Brasil, pensar em incentivo à produção nacional faz sentido para algumas áreas e não faz para outras. A Positivo Tecnologia está produzindo respiradores e esses equipamentos têm um dispositivo – essencial – que só tem um fornecedor no mundo, que fica na Suíça”, observa o VP da fabricante.
No mercado de TI e Telecom, Maraschin Filho exemplifica o impacto da globalização ao falar da fabricação de baterias. A Positivo Tecnologia fabrica baterias, mas o lítio, elemento básico é produzido na Bolívia, no Chile e na Argentina. E parte dos componentes é feito na China. “O ecossistema funciona assim e é mesmo muito complexo o processo de fabricação e ele exige muita, muita tecnologia. O Brasil precisa pensar: onde podemos ser competitivos?”, reforça. Assista a entrevista com o VP Norberto Maraschin Filho.