Brasileiro quer dar adeus às senhas com o uso maior da biometria
Apesar de se dizer um adepto da biometria, a relação entre o brasileiro e a biometria se limita ainda à solução baseada em impressão digital, revela pesquisa desenvolvida pela consultoria independente data2decisions em 11 países, entre eles, o Brasil, a pedido da IDEMIA, especializada em identidade e segurança digital. Segundo o relatório, 89% dos entrevistados no País disseram já ter usado esse tipo de recurso – o maior índice em todo o mundo, cinco pontos percentuais à frente da Índia, que aparece na segunda colocação.
No entanto, o Brasil despenca para a sexta posição quando o assunto é reconhecimento facial (23% dos entrevistados já utilizaram), oitavo em reconhecimento de voz (20%) e em reconhecimento de íris (9%). O relatório mostra ainda que nove em cada dez pessoas entrevistadas disseram ter uma atitude positiva em relação a essas soluções, sendo a biometria por meio da impressão digital a versão mais reconhecida pela população.
Os principais benefícios gerados pela tecnologia, de acordo com a visão dos brasileiros, são diretamente relacionados à questão da segurança e trazem até uma curiosidade: o fim da necessidade de usar senhas. Segundo o levantamento, 49% dos brasileiros considera que o crescimento da adoção das tecnologias relacionadas a biometria representará o ponto final na conturbada relação com a necessidade de gerar incontáveis senhas diferentes para se cadastrar em serviços, fazer compras e utilizar serviços online.
“Esse tem sido, com a expansão do mundo digital, um fator de grande estresse para o usuário de serviços online. Como reflexo dessa relação ruim, o brasileiro muitas vezes adota uma estratégia perigosa de repetir senhas e a biometria é uma ótima alternativa”, explica Marcelo Annarumma, presidente para América Latina da IDEMIA.
Mas quem pensa que a relação entre o brasileiro e a biometria se limita ao mundo online está bastante enganado. De acordo com a pesquisa, os maiores desejos dos entrevistados são utilizar a tecnologia para efetuar pagamentos online (54%) e acessar ambientes na sua própria casa, atividade desejada por 27% das pessoas ouvidas. “Este é um dado bastante curioso, pois o Brasil registra os maiores índices, considerando as 11 nações que participaram da pesquisa. Com certeza é um reflexo da insegurança que temos em nosso país tanto no aspecto digital quanto físico”.
A pesquisa da Idemia cobriu 11 países (Austrália, Brasil, França, Índia, Indonésia, Itália, África do Sul, Espanha, Emirados Árabes Unidos, Reino Unido e EUA), sendo entrevistadas 2.800 pessoas por meio de questionário online. Os entrevistados foram divididos igualmente entre homens e mulheres, com idades variando de 18 a 71 anos.