Inovação

CEITEC: Gadelha assume presidência e produção de chips será retomada em seis meses

O CEITEC vai retomar sua produção em 2024 e vai priorizar logística, rastreamento de animais, energia renovável e carros elétricos e painéis fotovoltaicos, reforçou a ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, ao fazer uma visita à fábrica, no Rio Grande do Sul, nesta terça-feira, 14/11.

“Nós produzimos 245 milhões de chips e tivemos 45 patentes registradas até a fábrica ser paralisada. Nós vamos retomar a partir da capacidade instalada, mas sabemos que temos de requalificar a infraestrutura com reposição de equipamentos básicos e investimento em novas máquinas. Tenho perfeita compreensão do nosso lugar no mercado de semicondutores. Nossa meta é chegar a 7% do mercado latino-americano depois de sete anos de produção. Temos muito trabalho pela frente”, discursou Luciana Santos.

A ministra rebateu as críticas em função dos investimentos previstos para a retomada da CEITEC, algo em torno de R$ 50 milhões, podendo chegar a R$ 100 milhões. “Nós sabemos o quanto que a China investe para ser gigante. O nosso investimento é sim muito pequeno diante do mundo. Mas vamos fazer. Nós perdemos um tempo enorme”, afirmou. Além dos investimentos do Governo, a ministra falou também em parceria com as empresas. “Elas são bem-vindas e serão buscadas”, reforçou.

A fábrica da CEITEC ficou dois anos e oito meses sem funcionar. Augusto Gadelha, ex-SEPIN, ex-Datasus e que atuava como liquidante desde fevereiro, foi eleito presidente pelo Conselho de Administração, em assembleia realizada na sexta-feira passada, dia 10/11.

Em entrevista ao jornal Correio do Povo, do Rio Grande do Sul, Gadelha assegurou que o trabalho será retomado em seis meses, com a fabricação de produtos com os componentes de logística e os chips de rastreamentos. “Vamos nesse período recuperar a capacidade da fábrica”, além de contratar pelo menos 50 profissionais.


Gadelha também rebateu os críticos ao investimento do governo no CEITEC e em semicondutores. “Há críticas de que a empresa teve investimento e não deu lucro em dez anos. Nenhuma empresa de semicondutores no mundo deu lucro nos primeiros 15, 20 anos”, completou.

*Com informações do discurso de Luciana Santos e do jornal Correio do Povo

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