Inovação

Centro de Operações Rio recebe R$ 29 milhões do BNDES para ser piloto de gemini digital no Brasil

O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloizio Mercadante anunciou um investimento de R$ 117 milhões no Rio, sendo R$ 29 milhões destinados para a implementação de inteligência artificial no cotidiano do Centro de Operações Rio (COR), localizado no Rio de Janeiro.

“O que se pretende com esse investimento: desenvolver um gemini digital, uma espécie de avatar da cidade do Rio. Você vai reconstruir o Rio no plano digital e, com isso, vai poder usar a inteligência artificial para processar e aprimorar esse sistema”, detalhou Mercadante. Na prática, nessa espécie de “jogo”, com a projeção da cidade, medidas poderão ser testadas no ambiente virtual para, então, serem implementadas, sem a necessidade de um imprevisto acontecer.

Dentro desse investimento direcionado ao COR, R$ 5 milhões serão dedicados uma rede de semáforos inteligentes, para, por exemplo, a partir da instalação de sensores, gerar mais informações para o Centro de Operações e poder abrir semáforos antes do tempo programado, a partir da percepção do trânsito.

“Queremos levar essa experiência do COR para outras grandes cidades do Brasil. O BNDES pretende pegar essa experiência, transformar num produto, num projeto que a gente possa financiar e levar essa cultura, essa experiência, esse instrumento para que a gente não viva tragédias como essa (do Rio Grande do Sul) e se antecipe”, adicionou o presidente do BNDES.

ABNT proporá COR para parâmetro internacional


O anúncio foi feito durante um evento de lançamento de uma cartilha do COR junto à Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), produzida em “tempo recorde”, de seis meses, como definiu o presidente da entidade, Mário Wilian Esper.

A intenção é, segundo ele, que a norma oriente prefeituras Brasil afora de como montar equipamentos de monitoramento para prevenção a extremos climáticos, e também como enfrentá-los, como será necessário no Rio Grande do Sul.

O Centro de Operações do Rio foi criado em 2010 após um temporal na cidade. Atualmente, além de monitorar as condições climáticas, busca minimizar outras ocorrências de grande impacto na cidade, como deslizamentos e acidentes de trânsito.

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