Inovação

Cidades inteligentes vão gerar R$ 30 bilhões às teles móveis

As cidades inteligentes representam uma das principais verticais em que operadoras móveis poderão usar sua expertise e oferecer serviços para além da mera conectividade, com a geração de novas receitas. Segundo um levantamento da ABI Research, esse tipo de novas oportunidades para as teles móveis vai gerar US$ 7,6 bilhões somente na vertical de cidades inteligentes até 2023.

“As cidades inteligentes representam um mercado imenso e complexo, onde o foco tradicional convive com a tendência crescente de ofertas que cruzam diferentes verticais. Isso significa que provedores de serviços móveis poderão assumir diferentes papéis, desde integradores de sistemas a provedores de plataformas”, indica a ABI Research, lembrando no entanto que se as oportunidades são muitas, também cresce a concorrência na disputa por elas.

Por isso, segundo o estudo, as operadoras móveis precisarão equilibrar a ‘coopetição’ e priorizar modelos de negócios inovadores, como receitas baseadas em publicidade ou em performance, e não ficar esperando – e torcendo – pela onda em volta dos potenciais do 5G nas cidades inteligentes.

A análise reconhece que provedores de serviços móveis já estão se valendo de táticas inovadoras para encontrarem seu espaço como atores importantes nos novos ecossistemas. Mas o destaque é que mesmo essas ainda precisam garantir escala para suas novas ofertas.

“Por exemplo, a Verizon tem estratégia fortemente baseada em aquisições (Sensity System and LQD), a AT&T está reunindo um grande número de parceiros para apresentar soluções a cidades de destaque, a BT aposta em suas capacidades de análise de dados e a Deutsche Telekom partiu para implantações agressivas em internet das coisas em banda estreita (NB-IoT)”, aponta a ABI.


A ideia, assim, é que o sucesso das operadoras nas cidades inteligentes será definido pela capacidade de atuação, garantindo um ecossistema amplo de parceiros e melhorando as relações com consumidores ao mesmo tempo em que alinham vários interesses, ativos e opções inovadoras de monetização. “O sucesso dos provedores de serviços móveis será moldado por sua habilidade em inovar, não pelo 5G”, conclui a ABI Research.

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