Com a Covid-19, municípios se dão conta que investem muito pouco em tecnologia
Se até agora, os municípios estavam muito distantes do melhor uso da tecnologia, com a pandemia de Covid-19 houve uma mudança de rota. Um bom exemplo é que no estudo global ‘Soluções de cidades inteligentes para um mundo mais arriscado’, produzido pela ESI ThoughtLab, patrocinado por diferentes empresas, entre elas, a Oracle, mostra que 88% dos líderes municipais identificaram o investimento em plataformas em nuvem como o requisito mais urgente para a entrega bem-sucedida de serviços essenciais e não críticos aos cidadãos.
Também revela que 66% das cidades estão investindo pesado em Inteligência Artificial e 80% o farão nos próximos três anos, principalmente na área de assistentes digitais e chatbots. As cidades norte-americanas (83%) e pequenas (74%) lideram no uso de IA. Aponta ainda que 31% das cidades vão investir em gêmeas digitais – um aumento de 300% em relação aos 11% que investem nessa tecnologia hoje. O relatório destaca que 100% do Cities 4.0 já fez investimentos pesados em nuvem. Com base nas estimativas de ROI relatadas, o retorno médio sobre os investimentos em infraestrutura digital feitos pelo Cities 4.0 é de 5,74%.
As autoridades municipais assumem que a pandemia de Covid-19 provou que os programas de cidades inteligentes são imperativos. Tanto que 65% dos líderes dos municípios observaram que a maior lição aprendida durante a pandemia foi o quão cruciais os programas de cidades inteligentes eram para seu futuro. Por sua vez, 43% aprenderam a importância da continuidade e agilidade operacional. Ao final, 37% dos líderes das cidades disseram que COVID-19 destacou a necessidade de investir mais na atualização da infraestrutura básica.
Um ponto importante é que os municípios admitem: não estão preparados para evitar ataques cibernéticos. Tanto que 60% dos líderes municipais não acham que suas cidades estão protegidas de ataques cibernéticos, internacionais ou domésticos, devido a vulnerabilidades decorrentes de restrições financeiras, redução do pool de talentos de TI e outros fatores.
O estudo, conduzido entre agosto e setembro do ano passado, faz uma pesquisa com altos funcionários de 167 cidades em 82 países, incluindo Ásia, América do Norte e América Latina, MENA, Europa e África. As cidades representavam 526 milhões de pessoas ou 6,8% da população mundial e variavam em tamanho de menos de um milhão de habitantes (39% das cidades) a quase 27 milhões. Cinquenta e três por cento dessas metrópoles estão em mercados emergentes e 47% em países desenvolvidos.
As cidades foram avaliadas e categorizadas com base no progresso em duas categorias: progresso no uso de soluções inteligentes, com as cidades sendo classificadas como “iniciante”, “intermediário” ou “líder”; e o progresso nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas (ODS), com as cidades classificadas como “implementadoras”, “avançadas” ou “velozes”. As cidades que se destacaram em ambas as áreas são consideradas Cidades 4.0 – definidas como cidades hiperconectadas que são sustentáveis e estão bem à frente no uso de tecnologia, dados e envolvimento do cidadão. Para saber mais sobre o levantamento, acesse aqui.