Inovação

Desaprenda. Abandone os viezes. E se adiante pra o futuro digital

Desaprender e deixar de lado as suposições, as tendências e os vieses para começar a pensar diferente é o primeiro passo para tentar se adiantar a tendências, destacou Nick Davis, em sua palestra na Abes Software Conference 2020, nesta terça-feira, 29/09. Davis é autor do livro “Future ready” e faculty chair para inovação corporativa na Singularity University. “As nossas suposições preliminares foram quebradas; tem de voltar, desaprender o jeito de antes, o modelo, e repensar”, disse.

Fazendo uma analogia com o mar, o especialista lembrou às companhias que elas precisam fazer a onda e surfá-la, porque não importa se é o primeiro, haverá sempre uma onda se formando atrás. “Eu suporia que sempre tem uma onda atrás de você para te dar um tranco, não importa se você é número 1. O tsunami vai vir e, se esperar para surfar quando a onda já está em você, você não consegue correr e pegá-la”, explicou o conceito. A alternativa, portanto, é criar a onda e saber surfá-la muito bem, fazendo todas as manobras. 

A questão, colocou, é desenvolver a agilidade para adaptar-se dentro do novo ecossistema, ou seja, buscar como fazer de forma mais rápida, de estar antes da curva, antes da onda, e prevê-la antes mesmo de ela começar, observando as disrupções chegando. Entre algumas orientações e dicas passadas, Davis falou que uma competência fundamental que líder corporativo deveria ter ao fazer o planejamento estratégico é saber aonde quer chegar e em quanto tempo.

Para Nick Davis, saber como visualizar o futuro é importante, assim como abraçar as novas tecnologias, e estar aberto para mudanças no mercado e para novos modelos e formas de fazer as coisas. Também passa por gerenciar a tensão criativa entre presente e futuro; identificar e desafiar vieses, preconceitos e suposições; reconhecer e esclarecer o contexto e reaprender / desaprender conforme necessário; e buscar e desenvolver perspectivas e comportamentos alternativos são estratégias a se ter em mente.

Ele também ressaltou o mutialismo, onde há interações distintas, com o todo sendo beneficiado, destacando que as empresas precisam considerar as decisões para os benefícios de todos. “Temos de considerar não apenas o que é bom para nós, mas para o mundo como um todo”, disse. Ao falar sobre as disrupções com maior automação e uso de inteligência artificial, Davis lembrou que novos empregos serão criados, mas haverá muito trabalho em novas carreiras, mas elas serão altamente técnicas. “Quantas pessoas estarão capazes ou querem pegar empregos assim?”, questionou.  


Botão Voltar ao topo