EUA contratam ChatGPT por R$ 1 bilhão para prever ataques cibernéticos
Contrato de US$ 200 milhões com OpenAI marca formaliza parceria com Pentágono

O Departamento de Defesa dos Estados Unidos fechou um contrato de US$ 200 milhões (cerca de R$ 1 bilhão) com a OpenAI, criadora do ChatGPT, para desenvolver sistemas de inteligência artificial voltados à segurança cibernética e operações militares. O acordo representa a primeira parceria formal entre o Pentágono e a empresa de Sam Altman – e consolida a corrida por IA militarizada entre gigantes da tecnologia.
O contrato, válido por um ano, prevê a criação de modelos avançados de IA com três aplicações principais: defesa cibernética proativa, com foco na identificação de ameaças antes que ataques ocorram; otimização da saúde militar, melhorando o atendimento a soldados e suas famílias; e análise de dados estratégicos para aquisições e logística. Todas as aplicações seguirão rigorosamente as políticas de uso da OpenAI, que incluem a proibição explícita do desenvolvimento de armas letais autônomas.
O contrato ganha especial importância ao considerar três fatores cruciais. Primeiro, no aspecto de guerra tecnológica, o acordo surge meses após a OpenAI estabelecer parceria com a Anduril, startup especializada em defesa, e concorrentes como a Anthropic fecharem acordos similares com gigantes como Palantir e Amazon.
Além disso, na fronteira ética, as declarações de Sam Altman em abril na Universidade Vanderbilt, onde afirmou ao lado do ex-diretor da NSA Paul Nakasone que a empresa “tem orgulho de atuar em áreas de segurança nacional”, revelam o posicionamento estratégico da organização.
Finalmente, no que diz respeito à infraestrutura secreta, destaca-se a autorização obtida pela Microsoft em abril para utilizar o serviço Azure OpenAI no processamento de dados classificados como secretos, fortalecendo a capacidade de aplicação segura dessas tecnologias em ambientes sensíveis.