Europa pode banir por 5 anos reconhecimento facial
A União Europeia estuda banir tecnologias de reconhecimento facial de áreas públicas por até cinco anos, para permitir que haja tempo para maior amadurecimento desses sistemas de maneira a prevenir abusos. É uma das propostas a ser apresentada pela comissária europeia para a Concorrência, Margrethe Vestager.
“Isso significaria que o uso de tecnologias de reconhecimento facial por atores públicos ou privados em espaços públicos ficaria proibido por um período de 3 a 5 anos durante o qual poderia ser identificada e desenvolvida uma metodologia eficiente para medir os impactos dessa tecnologia e instrumentos de gestão de riscos”, diz o documento de 18 páginas a ser apresentado à presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen.
A suspensão do uso de reconhecimento facial é uma resposta aos repetidos indicadores de que essas tecnologias ainda cometem muitos erros, especialmente quando os “alvos” são pessoas não brancas.
A nova liderança da UE, que assumiu no fim do ano passado, prometeu tratar de uma legislação que aborde questões de inteligência artificial nos primeiros 100 dias. O primeiro passo é a apresentação de um relatório até o fim de fevereiro com as possíveis opções a serem levadas à diante.