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Fundação Telefônica Vivo se une à Cátedra Unesco para uso de IA desplugada na educação

Parceria envolve a implementação da inteligência artificial de forma desplugada, ou seja, com metodologias que não dependem de conectividade constante ou infraestrutura tecnológica avançada.

A Fundação Telefônica Vivo firmou uma parceria com a Cátedra UNITWIN UNESCO de Inteligência Artificial Desplugada na Educação no Brasil, baseada na Universidade Federal de Alagoas (UFAL) e coordenada pelo Instituto de Inteligência Artificial (IA.Edu). A Cátedra se destaca por ser a primeira no mundo dedicada à implementação da inteligência artificial de forma desplugada, ou seja, com metodologias que não dependem de conectividade constante ou infraestrutura tecnológica avançada, e conta com a liderança dos professores Ig Ibert Bittencourt (UFAL) e Seiji Isotani (UPENN – Universidade da Pensilvânia). Essa abordagem dialoga diretamente com os desafios enfrentados pelas escolas públicas brasileiras, especialmente em regiões com acesso limitado à tecnologia. A Fundação Telefônica Vivo é a única apoiadora institucional dessa iniciativa global.

A iniciativa tem como objetivo fortalecer a produção e disseminação científica sobre como levar os benefícios da IA para pessoas e lugares onde a tecnologia e a infraestrutura não estão presentes. Com duração até 2028 e investimento anual de R$400 mil, a proposta é ampliar o acesso ao conhecimento sobre inteligência artificial, reduzir desigualdades educacionais e desenvolver soluções para contextos com baixa conectividade, por meio de uma rede nacional e internacional de especialistas.

“Essa parceria reafirma nosso compromisso com uma educação transformadora, inclusiva e acessível, ao promover a democratização da inteligência artificial no ensino. Ao unir esforços técnicos e acadêmicos, ampliamos as oportunidades de aprendizagem para todos os estudantes, independentemente de suas condições socioeconômicas”, explica Lia Glaz, diretora presidente da Fundação Telefônica Vivo.

O lançamento ocorre em um momento estratégico no país: até o fim de 2025, as redes de ensino devem atualizar seus referenciais curriculares para incorporar o complemento da BNCC Computação. A IA, nesse cenário, não se configura como conteúdo isolado, mas como campo de conhecimento que se articula aos pilares da Computação, ampliando as oportunidades de aprendizagem e promovendo uma formação crítica, ética e criativa dos estudantes.

“Vivemos um momento singular para repensar a educação e o papel da tecnologia, em particular, a inteligência artificial na melhoria e expansão de uma educação de qualidade. A IA e outras tecnologias habilitadoras não devem ser vistas como meras ferramentas. Elas devem ser pensadas e construídas como parte inerente do sistema educacional para fortalecer interações e aprendizagens humanas de forma criativa, crítica e sustentável. Com a abordagem de IA desplugada na educação, queremos mostrar que é possível levar os benefícios da IA mesmo em contextos de baixa conectividade e infraestrutura, garantindo que nenhum estudante, professor, escola ou região fique para trás”, comenta Seiji Isotani, um dos coordenadores da Cátedra UNESCO UNITWIN de Inteligência Artificial Desplugada na Educação e Diretor do Programa de IA na Educação da Universidade da Pensilvânia.


Como primeiro fruto da colaboração, as instituições lançaram a Nota Técnica “Educar na Era da Inteligência Artificial: Caminhos para a BNCC Computação” – idealizada pela Fundação Telefônica Vivo, executada pelo Instituto de Inteligência Artificial para a Educação (IA.Edu), e realizada no âmbito da Cátedra UNESCO UNITWIN de Inteligência Artificial Desplugada na Educação. O documento é um marco inédito no cenário educacional do país ao oferecer diretrizes práticas para integrar a IA aos referenciais curriculares das redes de ensino, com foco em técnicos das secretarias de educação e equipes pedagógicas.

Estruturada em duas partes complementares, a Nota Técnica apresenta inicialmente o “desenho curricular”, com fundamentos teóricos e práticos para compreender e incorporar a IA aos três eixos da BNCC Computação: Pensamento Computacional, Mundo Digital e Cultura Digital. Essa seção aprofunda as conexões entre IA e currículo por meio do mapeamento de competências com base em frameworks nacionais e internacionais, além de trazer exemplos aplicáveis que demonstram como trabalhar esses conteúdos de forma significativa e alinhada às especificidades locais.

Na segunda parte, o foco está na implementação: são apresentados caminhos práticos para integrar a IA aos referenciais curriculares, com destaque para os habilitadores essenciais à efetividade do processo, como formação docente, engajamento da comunidade escolar, adequação de recursos e planejamento estratégico.

O material foi apresentado na íntegra em uma live disponível no Youtube da Fundação Telefônica Vivo, e a Nota Técnica já está disponível gratuitamente para download no site dos parceiros – para baixar, acesse aqui.

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