Grupo Sabin usa Inteligência Artificial para monitorar cibercrimes
A proteção dos dados que envolvem saúde de clientes exige soluções avançadas e as melhores ferramentas disponíveis. Por isso, a Lei Geral de Proteção de Dados é foco de atenção desde que ainda era um projeto de lei, confessou o gerente nacional de tecnologia do grupo Sabin Medicina Diagnóstica, Edgar Moreira, ao participar de mesa redonda sobre cibersegurança e o impacto nos negócios, realizada pelo Convergência Digital, em parceria com a Unisys e a Dell EMC, em Brasília.
“Precisamos ter uma segurança até maior que bancos, porque trabalhamos com informações muito sensíveis, que são sobre saúde. Então trabalhamos com as melhores ferramentas do mercado. E estamos analisando o uso de inteligência artificial para fazer análise comportamental de cibercrimes. Para avaliar o caminho que o cibercriminoso faz”, pontuou Moreira.
“Temos acompanhado a LGPD desde as primeiras votações. A gente precisa olhar isso, até pela questão dos dados sensíveis. E um dos artigos principais da lei é sobre o consentimento. A informação é do cliente e não posso fazer nada com ela se ele não autorizar. Isso cria questões para o tratamento de dados”, afirma.
A tarefa é ainda maior diante da própria digitalização do negócio. “A gente vem trabalhando a transformação digital nos processos de melhoria da experiência do cliente. Recentemente lançamos um aplicativo em que o cliente não precisa sair de casa. Ele envia todas as informações via celular. E é feita uma coleta externa, na residência do cliente. O resultado sai por notificação, com o cliente sabendo na hora que está pronto.” São mais dados online.
A adaptação exigiu até mesmo mudanças na estrutura do grupo. “Criamos um comitê multidisciplinar da LGPD e já fizemos uma política de privacidade, além de analisar como os dados estão armazenados, sua localização. E criamos um barramento para as diversas soluções. Temos que pensar nos clientes, mas também no público interno, nos colaboradores.”