Inovação

IBGE vai usar inteligência artificial em dados para estados e municípios

Acordo com Unicamp e UFG prevê criação de ferramentas conversacionais de uso amplo para gestores. Uma delas será o ChatPP para apoiar a realização de pesquisas no campo de políticas públicas.

O IBGE celebrou um acordo de cooperação técnica com a Universidade Federal de Goiás (UFG) e a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) para o desenvolvimento do projeto Inteligência Artificial Aplicada às Políticas Públicas (IAPP). 

A parceria tem o objetivo de desenvolver uma série de ferramentas conversacionais de uso amplo para gestores municipais e estaduais pelo Brasil, para auxiliar na elaboração diagnósticos e programas com uso de Inteligência Artificial (IA).

Uma das ferramentas é o ChatPP, para apoiar a realização de pesquisas no campo de políticas públicas. Também será criado o GeraPP, que visa fazer a produção e manutenção de textos e materiais sobre políticas públicas em um repositório específico, alimentado por uma rede de instituições universitárias e de pesquisa capilarizada pelo país. Outro mecanismo a ser criado é o QualificaPP, de qualificação profissional das administrações municipais, estaduais e conselheiros de participação social para acesso e uso das informações para o debate público, formulação e gestão de programas públicos em todo o território nacional.

“Precisamos de um Estado para a era digital. Um Estado mais eficiente, mais capaz. E penso que o que estamos fazendo aqui possa vir a ser um marco na trajetória do país”, afirmou Pochmann. “Esse reconhecimento, de que estamos nesta nova época da era digital, em que o dado é o centro dos negócios, convoca o pensamento nacional, a inteligência nacional, a dar uma resposta contundente, porque, se nós quisermos um país que não seja soberano apenas do ponto de vista econômico e político, mas também do ponto de vista de seus dados, é fundamental que a gente possa caminhar nessa perspectiva, que está aqui, estabelecida neste encontro de vontades”, destaca o presidente do IBGE.


Já o reitor da Unicamp avalia que no atual cenário “a Universidade decidiu abrir-se para uma interação maior com a sociedade, e fazer esse projeto neste momento dá-nos a possibilidade de dirigir o nosso corpo de pesquisadores e professores de modo a fazer isso em larga escala”, afirma Meirelles, acrescentando que a formação de uma rede voltada para a orientação sobre políticas públicas é inovadora e oferece um grande potencial de cooperação entre as instituições, para a prestação de serviços para os municípios.

Para a reitora da UFG, os conceitos de inclusão, de redução das desigualdades, de eficiência, de transparência qualificam as políticas públicas neste projeto: “acredito saque as duas universidades e o IBGE, juntos, temos condições de fazer um trabalho de grande relevância para o país”, concluiu Angelita.

“Tem gente muito comprometida na ponta, desenvolvendo uma série de experiências em políticas públicas e que precisam ser conhecidas, documentadas e disponibilizadas para outros gestores” afirma Paulo de Martino Jannuzzi, coordenador-geral da Escola Nacional de Ciências Estatísticas do IBGE (Ence). “Para o IBGE, esse projeto vai permitir disseminar ainda mais as informações e estatísticas que produzimos e disponibilizamos para a sociedade”, completa.

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