
A computação quântica traz o risco para mais perto das corporações, mas lidar com o risco é inerente à tecnologia, sinalizou o head de computação quântica Américas da IBM, Gabriel Catropa, em sua participação no Febraban Tech 2025, que acontece esta semana, em São Paulo. Em entrevista à CDTV, do portal Convergência Digital, Catropa advertiu que o momento de pensar na segurança pós-quântica é agora e não dá mais para postergar.
Nesta terça-feira, 10/6, a IBM anunciou que terá o primeiro supercomputador quântico em larga escala e à prova de falhas do mundo em 2029. A empresa revelou ainda sua visão para o IBM Quantum Starling, uma máquina capaz de realizar 100 milhões de operações quânticas usando 200 bits quânticos (qubits) lógicos. Qubits lógicos são grupos de qubits físicos, ou partículas entrelaçadas umas com as outras, o que aumenta sua estabilidade.
“A preparação para a segurança pós-quântica já acontece agora. O mundo está debatendo o assunto. O Brasil inicia esse projeto para estudar os algoritmos para serem colocados à prova. Mas já há bancos investindo no pós-quântico”, informou Catropa.
O head de computação quântica Américas da IBM foi incisivo: “Temos pouquíssimo tempo, uma janela de cinco, seis anos, para mudar todas as chaves criptográficas que vão ficar vulneráveis no futuro. O exercício de mudança precisa começar agora. Tenha conscientização agora. A jornada da segurança quântica é irreversível e toda empresa terá de lidar”.
Para quem está começando agora a lidar com o pós-quântico, Gabriel Catropa disse que é preciso mapear as estruturas que são as joias da coroa, as mais relevantes para o negócio. “Desse ponto faça o seu planejamento”, aconselhou. Catropa falou ainda sobre como a IBM atua na área e de duas aplicações já disponíveis no mercado no Quantum Safe: o scanner de aplicações que olha a criptografia dentro das aplicações e saídas proxy adaptativas da internet para os ambientes legados. Assista à entrevista com Gabriel Catropa, da IBM.