Inovação

Inteligência Artificial é a 5ª revolução industrial, mas não chega ao mesmo tempo para todos

A inteligência artificial já é apontada como a quinta revolução industrial, mas a jornada ainda é torta e difícil. A grande questão que, atualmente, está na mente dos líderes é como, no fim do dia, se monetiza a implementação de inteligência artificial generativa. Foi assim que Altair Rossato, CEO da Deloitte no Brasil, abriu o evento da consultoria focado em IA generativa, nesta quarta (07/02).

“A dor dos clientes é tangibilizar o que tanto discutimos sobre IA e como endereçar as questões de transformações de negócios para que seja mais produtivo. Tenho conversas com CEOs. Há cinco anos, a preocupação era a produtividade e, hoje, é com inteligência artificial generativa”, apontou para a plateia que acompanhou o Deloitte GenAI Summit, tanto presencial, quanto virtualmente.

Para Renata Muramoto, sócia-líder de Consultoria Empresarial na Deloitte, a transformação é tão grande que não pode ser individual. “Dos nossos serviços hoje, 50% deles não existiam cinco anos atrás. Sentimos que estamos em um ponto de inflexão”, disse a executiva.

Mas este ponto de inflexão não é algo que chegará para todas as pessoas nem para todas as organizações ao mesmo tempo, como assinalou por dezenas de vezes em sua palestra Leandro Mattos, facilitador global da Singularity University, especialista na construção de tecnologias para o cérebro e de inovações focadas no impacto social positivo. “Não é o que vai acontecer, é quando. O futuro não chega para todos ao mesmo tempo, mas, se você perder o ponto de inflexão, muda tudo”, ressaltou Mattos, explicando que, quando a evolução das tecnologias lineares encontra a exponencial tem-se o momento que as pessoas são surpreendidas. 

O momento atual é de aumento do desempenho de plataformas de inteligência artificial ao mesmo tempo em que o custo cai — e esta é a receita para o advento de tecnologias disruptivas. Citando o executivo de tecnologia tailandês e baseado na China Kai-Fu Lee, Leandro Mattos apontou três ondas de inteligência artificial. A primeira é a interação homem-máquina, a segunda é com as pessoas criando seus próprios robôs e a terceira é quando os robôs conversam entre si e geram valor.


No entanto, é necessário capacitar as pessoas para avançar — e isso faz toda a diferença no tempo, o que dá (ou não) vantagens competitivas. “Só treinar não basta: precisa aumentar não o conhecimento — hard skills, soft skills —, mas a complexidade cognitiva com ampliação da capacidade mental. O momento hoje exige performance cognitiva”, salientou Mattos. Para ele, a adaptabilidade e o conhecimento em IA devem ser as ferramentas mais poderosas.

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