Inovação

Investimentos mundiais em nuvens públicas vão chegar a US$ 266 bilhões em 2021

Até 2021, o volume investido/gasto mundialmente em serviços e infraestrutura de nuvem pública deve representar cerca de US$ 266 bilhões. As despesas referentes à manutenção dessas estruturas, em todo o mundo, aumentaram 25,4% em 2017, na comparação ao ano passado, somando US$ 128 bilhões. Os dados fazem parte de um estudo publicado pelo IDC em julho deste ano, que projeta um crescimento anual composto nos próximos cinco anos de 21%, sobretudo, nas grandes empresas, que compõem a maioria dos contratantes de soluções de nuvens públicas.

O estudo do IDC mostra que os Estados Unidos ainda serão os maiores demandantes de serviços de nuvem pública. O volume gasto em território americano é equivalente a 60% das receitas mundiais, sendo que, em 2021, corresponderá a US$ 163 bilhões. Na América Latina, verifica-se o crescimento mais rápido da adoção desse tipo de serviço, o aumento de despesas anual está em torno de 26,7%.

De acordo com as análises do IDC, entre as aplicações mais demandadas estão as de gerenciamento de relacionamento com clientes (CRM) e as de gerenciamento de recursos empresariais (ERP). Juntas elas representarão mais de 60% de todas as aplicações em nuvem nos próximos quatro anos. As projeções do IDC indicam ainda que os gastos com infraestrutura como serviço (IaaS) e plataforma como serviço (PaaS) crescerão a taxas muito mais rápidas do que SaaS com 30,0% e 29,7%, respectivamente, ao longo dos próximos cinco anos.

No Brasil, houve uma expansão de 47,4% em 2016 quando se fala em computação em nuvem. Os principais serviços do setor responsáveis por essa alta foram SaaS e PaaS. O volume total de investimentos nesse tipo de licenciamento passou de US$ 506 milhões, em 2015, para US$ 746 milhões (R$ 2,25 bilhões) no ano passado. Os dados fazem parte do estudo anual ‘Mercado Brasileiro de Software – Panoramas e Tendências”, da Associação Brasileira das Empresas de Software (ABES), publicado em agosto de 2017.

Pela primeira vez, houve uma análise e um retrato da a evolução percentual de utilização das três principais tendências do setor de Tecnologia da Informação: Computação em Nuvem, Internet das Coisas (IoT) e Big Data. Os dados da pesquisa da ABES apontam que o modelo de utilização com crescimento mais representativo foi o de Aplicações Colaborativas, em que a utilização em nuvem ultrapassou o licenciamento tradicional, representando, em 2016, 53,3% do mercado – aumento de 133% em comparação ao número registrado em 2013. Em segundo lugar, surgem as aplicações de CRM. Neste segmento, apesar de o licenciamento tradicional ainda ser a maioria no mercado, a utilização em nuvem saltou de uma participação de 20,8%, em 2015, para 27,5%, em 2016.


Aplicações em nuvem na maioria das empresas brasileiras não ultrapassa 25%

Em todo o território brasileiro, 82% das organizações têm alguma aplicação em nuvem. No entanto, apenas 15% delas apresentam 75% ou mais do seu ambiente nesse modelo. Os dados fazem parte do IT Brazil Snapshot, estudo realizado pela Logicalis, provedora de serviços de TIC, divulgado no início do segundo semestre deste ano.

Segundo o levantamento, 51% das organizações acreditam que, tanto elas quanto os concorrentes, estão em um nível de maturidade intermediário na adoção de computação em nuvem. Porém, 42% dos participantes afirmam que não estão no patamar ideal e mostram que precisam ser mais exigentes para alcançarem um nível de excelência. A exigência é mais severa no segmento financeiro, onde não há espaço para erros. Para 62% dos gestores de TIC entrevistados, sobretudo na área financeira, o ideal é atingir a excelência.

A pesquisa, que chega à sua quarta edição, é fruto de uma parceria com a Somatório Pesquisa e Informação. Foram ouvidos representantes de 205 empresas, entre novembro de 2016 e fevereiro de 2017, com o objetivo de avaliar o nível de maturidade e de adoção de novas tecnologias nas empresas brasileiras.

Os dados reunidos no IT Brazil Snapshot apontam que a computação em nuvem finalmente se consolidou como uma realidade no Brasil. Agora, as corporações não discutem mais sobre a possibilidade de migrar para cloud, as discussões se concentram em prazos da migração e sobre quais aplicações migrar.

Apesar da alta taxa de adoção entre os respondentes da pesquisa, a maior parte (66%) ainda não tem nem 25% dos serviços em cloud. Para eles, a principal barreira para adoção continua sendo a tecnologia em si (40%), comprovando que ainda há gaps de entendimento sobre a nuvem.

Além de ser considerado o ano de consolidação da tecnologia, 2016 marcou o fortalecimento da cloud híbrida, adotada por 40% das empresas brasileiras. A nuvem privada, por sua vez, passou de 46%, em 2013, para apenas 25% no ano passado – comprovando a mudança no perfil de contratação de cloud pelas organizações. Já a nuvem pública permanece estável desde a primeira edição da pesquisa, sendo usada por cerca de 7% das organizações.

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