Open Banking: Bancos pedem e Banco Central adia compartilhamento de dados
O Banco Central informou nesta quarta-feira, 14/07, a alteração do cronograma do início do lançamento da Fase 2 do Open Banking, que envolve o compartilhamento de dados cadastrais e transacionais de clientes, mediante seu consentimento prévio. Prevista para esta quinta-feira, 15/07, agora, acontecerá no dia 13 de agosto. De acordo com o BC, a mudança no calendário é resultado de um pedido formal de governança do Open Banking, dado que as instituições participantes estão finalizando os testes para a obtenção de certificações para homologação e registro de suas APIs.
“O Banco Central reforça o seu compromisso para que o Open Banking alcance os seus objetivos, no caso de maior concorrência, eficiência do sistema financeiro e inclusão financeira da população, permanecendo vigilante no processo de implementação, não economizando esforços para isso”, escreveu a autoridade monetária, em nota.
O Open Banking, ou sistema financeiro aberto, é uma maneira de levar, de forma simples e segura, os dados de uma instituição financeira para a outra. A promessa por trás da iniciativa é que trocar de banco será tão fácil quanto mudar a operadora do celular.
Dados do perfil financeiro de clientes – muitas vezes guardados a sete chaves pelos grandes bancos – poderão ser compartilhados livremente entre eles próprios e com fintechs e concorrentes digitais. A expectativa do Banco Central é desencadear uma onda inédita de competição no setor bancário, um dos mais concentrados da economia brasileira.
Os correntistas poderão escolher se e com quem vão compartilhar dados como seu histórico de crédito e de transações de suas contas. Com essas informações em mãos, a ideia é que as instituições financeiras, como bancos e fintechs, possam oferecer produtos personalizados e mais baratos. Essa é a segunda vez que o cronograma do Open Banking sofre uma alteração. A primeira fase estava inicialmente marcada para novembro de 2020, mas foi adiada para fevereiro deste ano porque as instituições financeiras precisavam de mais tempo para adaptar os seus sistemas.