Inovação

Petrobras abre plataforma para compartilhar dados sobre segurança cibernética

O 5G e a segurança cibernética estão no topo das prioridades da indústria de petróleo e gás, afirma a gerente de tecnologia e inovação da IBP, Melissa Fernandez. A empresa é a organizadora da RioOil&Gas, que realiza a sua 20ª edição de 01 a 03 de dezembro, de forma 100% online.

Em entrevista ao Convergência Digital, a executiva revela que a Petrobras abriu a sua plataforma MISP para permitir a colaboração entre as empresas do segmento no combate aos ataques hackers. Até o momento, quatro empresas já estão incorporadas ao ecossistema e o IBP trabalha para agregar companhias do segmento.”Segurança cibernética exige colaboração. Há muita competição sim, nesse mercado, mas também sabemos que as empresas precisam se unir em colaboração para definir iniciativas de prevenção ágeis e rápidas”, contou Melissa Fernandez.

Para a gerente de tecnologia e inovação do IBP, a TI, com a Covid-19, ficou mais estratégica e relevante para o negócio. “Foi a transformação digital, que já acontecia, que permitiu o trabalho remoto. A verdade é que jornada digital acelerou muito e quem não tinha, teve de fazer”, salientou. Sobre o 5G, Melissa Fernandez diz que a tecnologia vai mudar a forma de trabalhar em todos os segmentos e não seria diferente na indústria de petróleo e gás.

“Cada vez mais usamos dispositivos conectados, mais a nuvem e mais e mais somos dependentes da Internet. O 5G vai trazer uma infraestrutura mais adequada à realidade dos nossos negócios”, sinalizou. Sobre as redes privadas em 5G, a executiva do IBP diz que elas serão, sim, uma oportunidade de negócios para minimizar as ocorrências e ampliar o escopo dos serviços.

Ainda sobre o impacto da Covid-19 no ano de 2020, um levantamento da Oil and Gas Digital Transformation and the Workforce Survey 2020, da EY, mostra que quase 60% dos entrevistados sinalizaram um aumento no investimento em tecnologia digital devido a pandemia, enquanto 41% apontaram o mesmo comportamento devido à queda dos preços do petróleo.


Outra tecnologia aderente à indústria de petróleo e gás é o Blockchain. Melissa Fernandez lembra que o segmento estuda Blockchain desde 2017 e a usa, especialmente, para realizações de contratos e fornecimento de petróleo. “Ainda estamos começando operacionalmente, mas é uma tecnologia que chegou para ficar como Inteligência Artificial foi incorporada nos últimos anos”, observa.

Um exemplo de uso do blockchain é o da Companhia Nacional de Petróleo de Abu Dhabi (ADNOC) que contratou a IBM para desenvolver um sistema baseado em Blockchain capaz de rastrear, validar e executar transações de petróleo e gás entre as empresas operacionais da ADNOC. A tecnologia foi aplicada na contabilidade da produção de petróleo e gás e pode ser usada em qualquer lugar do mundo. A transformação digital e as novas tecnologias terão espaço importante na RioOilGas 2020. “Temos convicção que o digital ficou estratégico para a sobrevivência”, completa Melissa Fernandez.

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