Todos nós, humanos, teremos um agente IA, decretou o CEO da Qualcomm América Latina, Luiz Tonisi, ao participar como keynote do Painel Telebrasil Summit 2025 nesta terça-feira (2). O executivo foi além: os agentes IA são a próxima fronteira e vão mudar a relação dos humanos com a tecnologia.
“A IA é a nova interface do usuário. Cada vez mais ela estará mais próxima da ponta, ou seja, nos celulares, nos carros, nos PCs, nos óculos. Na prática, tudo será IA. A IA vai estar nas mãos do usuário e não apenas no data center”, preconizou o CEO da Qualcomm.
Ainda de acordo com Tonisi, o processamento vai passar para a borda e a razão é uma só: o custo. Na projeção feita pela Qualcomm, as assinaturas dos OTTs tradicionais, como streaming de vídeo, vão dar lugar a assinaturas de agentes IA, com custo em volta de 20 dólares. “O custo faz o processamento ir para borda e o edge terá um papel crucial para democratizar a IA”, destacou.
Tonisi lembrou que, hoje, no Brasil, um robô custa entre 150 mil e 200 mil dólares, quando Elon Musk já prometeu ter robôs por 40 mil dólares. “Isso é quanto ganha um operário americano por ano. Essa é uma indústria de 2 trilhões de dólares.”
Do ponto de vista de aparelhos, a Qualcomm prevê que um device vai rodar 70 bilhões de parâmetros, o que hoje significa toda a capacidade de processamento de 20 laptops somados. E aqui vem a previsão audaciosa do CEO da Qualcomm: “Todos nós seremos retroalimentadores dos grandes modelos de treinamento de IA.”
E esse futuro está chegando. A Qualcomm promete lançar no ano que vem computadores com 100 bilhões de parâmetros e celulares com mais de 20 bilhões de parâmetros. No Brasil, a empresa aposta no desenvolvimento da IA. Tanto que já soma 25 mil desenvolvedores. “Insisto que todos nós vamos ser um mini datacenter. E podem apostar: cada um de nós vai ter um agente IA”, completou.
