Rede Blockchain Brasil: primeira aplicação descentralizada em 2023
Rede que une o TCU e o BNDES está funcionando em caráter experimental e se prepara para receber a adesão de entidades interessadas. Rede funcionará como uma base de dados pública.
A Rede Blockchain Brasil, criada pelo TCU e pelo BNDES, está funcionando em caráter experimental e a previsão é de que a primeira aplicação descentralizada ocorra em 2023. A tecnologia busca trazer inovação, eficiência, transparência e integridade a atos e contratos da administração pública.
Na prática, a rede funcionará como uma base de dados pública, com o armazenamento de informações em blocos encadeados de forma sequencial. Para que os documentos sejam aceitos na rede, deve haver consenso entre as partes e, uma vez publicados, não podem ser modificados nem deletados, garantindo segurança e integridade dos dados.
De acordo com o superintendente da área de Tecnologia da Informação do BNDES, Fernando Lavrado, contará com três tipos de participantes: os patronos, que serão somente o TCU e o BNDES, com poder de voto e veto; os participantes associados, que participarão da governança com voto e serão responsáveis pelos nós, com validação e registro das transações válidas na cadeia blockchain; e os parceiros, que podem usar a rede e fazer transações, mas não participam no núcleo de validação e consenso. Os próximos passos são detalhar regulamento da rede e iniciar o processo de adesão das entidades interessadas em participar dessa jornada de inovação.
O potencial da Rede Blockchain Brasil em mudar completamente a forma como o Estado brasileiro funciona e como a máquina pública traz eficiência para o cidadão brasileiro foi destaque na fala do presidente do BNDES, Gustavo Montezano.
“O blockchain tem a possibilidade de melhorar substancialmente o serviço não só para o nosso cliente final, que é o cidadão brasileiro, mas trazer mais segurança para todos os servidores públicos envolvidos em qualquer processo de contratação e registro de operações do estado brasileiro em todos os níveis. Falamos de inovação, eficiência, transparência e integridade”, completou Montezano.
Outra vantagem da Rede Blockchain Brasil é a possibilidade de tornar o governo federal hiperconectado. Segundo o secretário de Fiscalização, Integridade de Atos, Pagamentos de Pessoal e de Benefícios Sociais do TCU, Wesley Vaz, atuaria como uma camada comum e confiável para o compartilhamento de informações entre os atores do setor público.