Startups brasileiras abandonam o país e vão para o Paraguai
O coordenador da Frente Parlamentar Mista da Economia Digital e Colaborativa, deputado Thiago Peixoto (PSD-GO), advertiu que o Brasil, por não tere uma legislação mais efetiva de apoio à inovação, está perdendo startups para o Paraguai.
“Muitas estão saindo do Brasil para ir para aquele país, que tem uma legislação mais avançada. É fundamental que a Frente avance no debate de saídas legais para aumentar a participação brasileira. Regulamentar, mas no sentido de incentivar a inovação e as startups”, explicou.
O coordenador da Frente Parlamentar Mista pela Internet Livre e Sem Limites, deputado JHC (PSB-AL), por sua vez, propõe a destinação de pelo menos 3% do Produto Interno Bruto (PIB) do país para a inovação com foco na economia criativa. “Só assim teremos as startups capazes de investir”, pontuou, ao participar de evento global do Google, na semana passada, em São Paulo.
Dados da Fundação Dom Cabral dão conta que uma em cada quatro startups fecha com menos de um ano de funcionamento. Outras 50% param de funcionar depois de menos de quatro anos. No total, 75% fecham o negócio com menos de treze anos em atividade.
Com o objetivo de mostrar as falhas e ajudar os futuros empreendedores a não cometer os mesmos erros, a Gama Academy, escola de capacitação de profissionais para startups, preparou um estudo chamado “Cemitério de Startups” que mostra a história de 46 startups que não foram para frente. Além do nome da startup, descrição, cidade, motivo pelo qual faliu e investimento recebido, a pesquisa também mensurou todas as informações e identificou os padrões mais comuns que levaram ao fracasso.
Segundo Guilherme Junqueira, CEO da Gama Academy, a ideia do estudo surgiu para mostrar aos alunos da empresa como é difícil empreender do zero e que o melhor caminho é começar trabalhando em uma startup antes de criar sua própria empresa.
“Algumas estatísticas afirmam que nove entre dez startups morrem antes mesmo de começar a funcionar, e falhar pode ter seu aspecto positivo – como o aprendizado – porém, acreditamos que é possível aprender muito mais vivenciando o ambiente de uma startup antes de empreender”, explica o empreendedor.
A pesquisa aponta que São Paulo é a cidade onde mais startups faliram, contabilizando 22 empresas fechadas, seguida de Brasília e Belo Horizonte (5 e 3, respectivamente). A capital paulista é a líder entre as cidades que possuem startups falidas, pois é uma das regiões onde existem mais empreendedores. Saiba mais sobre o estudo acessando o site http://cemiteriodestartups.com.br/.