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A partir de janeiro, Teams, da Microsoft, vai dizer ao chefe se empregado está trabalhando

A partir de janeiro, plataforma vai usar Wi-Fi para identificar localização. Empresas decidem se obrigam funcionários a acionar recurso.

Uma atualização do Microsoft Teams promete acirrar o debate sobre privacidade e controle no ambiente de trabalho. A partir de janeiro de 2026, a plataforma começará a identificar automaticamente a localização do usuário ao detectar conexão com o Wi-Fi corporativo, informando à empresa em qual prédio ou unidade o funcionário está, ou se não está em nenhum deles.

A funcionalidade, listada no Microsoft 365 Roadmap, estava prevista começar a chegar aos usuários em dezembro de 2025, mas o lançamento foi adiado e está previsto para o início de 2026. O recurso será compatível com Windows e macOS e, segundo a Microsoft, ficará desativado por padrão. A decisão de ativá-lo caberá aos administradores das organizações, que também poderão exigir que os funcionários façam opt-in.

Na prática, o Teams usará informações do WiFi, como o SSID da rede e outros metadados de conexão, para reconhecer se o dispositivo está conectado à infraestrutura da empresa. Assim que isso ocorrer, o aplicativo ajustará automaticamente o campo “local de trabalho” do usuário para o prédio correspondente.

Hoje, essa configuração é manual e serve principalmente para grandes escritórios ou campi corporativos. A Microsoft argumenta que a automação deve “facilitar a colaboração” ao indicar rapidamente onde cada pessoa está trabalhando.

Sites especializados como Windows Central descrevem o recurso como um “impulsionador de produtividade”, permitindo localizar colegas sem precisar ligar, mandar mensagens ou procurá-los pela empresa. Mas a recepção entre trabalhadores tende a ser menos entusiasta. A atualização é uma forma de “vigiar” funcionários, especialmente em tempos de trabalho híbrido.


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