Anatel unifica conceito de pequeno provedor em todos os regulamentos
A Anatel aprovou nesta quinta, 1º/11, a revogação dos termos que ainda previam conceitos distintos para o que são prestadoras de pequeno porte. Com isso, o novo critério, que entende como pequenas todas as empresas com até 5% dos clientes de cada mercado, passa a valer efetivamente em todos os serviços de telecomunicações.
“Como de cada 10 novos acessos de banda larga, oito são de pequenos, o conceito uniformizado do que é prestadora de pequeno porte permite a esses competidores terem uma garantia de tratamento que dará a eles muito mais capacidade de competitividade para enfrentarem as grandes operadoras, garantindo maior competição no mercado, com consequente maior qualidade e menores preços praticados”, festejou o presidente da Anatel, Juarez Quadros.
Até aqui, a agência adotava como critério de ‘pequeno’ ter até 50 mil acessos em serviços. A nova conceituação adotada eleva para 5% de cada mercado. Na prática, portanto, entre os provedores de conexão à internet, ou Serviço de Comunicação Multimídia no linguajar do regulador, a linha de corte passa para R$ 1,5 milhão de clientes, uma vez que é um mercado com cerca de 30 milhões de acessos ativos.
Aos pequenos são dispensadas várias obrigações regulatórias, como o custeio da medição de indicadores de qualidade, a oferta de call center 24 horas por dia, ou mesmo manter a instalação de lojas físicas para atendimento presencial. A transferência de controle dessas empresas também é restrita a anuência da superintendência de competição, sem necessidade de aprovação pelo Conselho Diretor.
Como explicou o relator da proposta de unificação, e idealizador do novo conceito, conselheiro Aníbal Diniz, havia dúvida na aplicabilidade critério, tendo em vista que ainda havia regulamentos que limitavam esse conceito a 50 mil. “Portanto, hoje aprovamos a adequação do novo conceito a todos os regulamentos aplicáveis, ampliando o conjunto de players que passam a ser considerados prestadores de pequeno porte, deixando de fora apenas as grandes prestadoras, Telefônica/Vivo, Claro/Net, Tim, Oi e Sky”.