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Carteiras digitais crescem 19,4% com avanço para cartões de débito

No terceiro trimestre de 2025, meios eletrônicos de pagamento movimentaram R$ 1,1 trilhão, alta de 10,5%.

O avanço dos pagamentos digitais no Brasil segue acelerado — especialmente nas transações feitas pela internet, por aplicativos e carteiras digitais, que mais uma vez registraram ritmo de crescimento bem acima do restante do mercado. No terceiro trimestre de 2025, os meios eletrônicos de pagamento movimentaram R$ 1,1 trilhão, alta de 10,5% em relação ao ano anterior, no melhor terceiro trimestre da série histórica, segundo a Abecs, associação que representa o setor de meios eletrônicos de pagamento.

A maior expansão veio justamente das compras não presenciais. Pagamentos realizados online, incluindo e-commerce, apps e carteiras digitais, somaram R$ 292,8 bilhões no período, um salto de 19,4%. O cartão de débito, tradicionalmente associado às compras presenciais, mostrou o crescimento mais acelerado do segmento remoto: subiu 26,2% no trimestre e acumula alta de 471% desde 2019. Já o cartão de crédito, ainda dominante no ambiente digital, cresceu 210% no mesmo período.

No total, o cartão de crédito segue como protagonista dos meios eletrônicos, movimentando R$ 794,7 bilhões entre julho e setembro, alta de 15,2%. O débito permaneceu estável, com R$ 248 bilhões, e o pré-pago avançou 3,9%, somando R$ 98 bilhões. Entre as operações com crédito, a maior parte (57,1%) foi à vista; as compras parceladas sem juros responderam por 42,7%, sendo que 64,5% das transações a prazo ocorreram em até seis parcelas.

O volume total de operações chegou a 12,1 bilhões, 5,5% acima do registrado um ano antes — o equivalente a 131 milhões de pagamentos por dia. O crédito liderou em número de transações (5,5 bilhões), seguido pelo débito (4,2 bilhões) e pelo pré-pago (2,4 bilhões).

As transações por aproximação também seguem em forte alta. No trimestre, o “tap” movimentou R$ 485,9 bilhões, crescimento de 29,3% em relação ao ano anterior. Em cinco anos, a modalidade saltou de apenas 3,9% para 72,8% das compras presenciais com cartão. A previsão do setor é que ultrapasse 80% até o fim de 2026.


Os gastos de brasileiros no exterior também cresceram: somaram US$ 4,8 bilhões (R$ 26,3 bilhões), alta de 16,5%. EUA e Europa concentraram 76,8% dessas despesas. Estrangeiros gastaram US$ 1,3 bilhão (R$ 7,2 bilhões) no Brasil, aumento de 5,8%.

O varejo tradicional também registrou bom desempenho. Livrarias lideraram o crescimento (83,6%), seguidas por alimentação (22,6%) e eletrônicos (21,1%). Entre os serviços, profissionais liberais cresceram 42,3%, acompanhados por serviços médicos (25,6%) e seguros (19%).

Na análise regional, o Sudeste manteve sua liderança, com R$ 596,8 bilhões transacionados (57,8% do total nacional). Norte, Nordeste, Sul e Centro-Oeste também apresentaram crescimento de dois dígitos, impulsionados tanto pelo uso mais intenso dos cartões quanto pelo avanço das compras digitais.

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