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CESAR: Padronizar Internet das Coisas tem sido um desafio gigante

O desenvolvimento da internet das coisas amadureceu. Superou a fase do hype, quando se imaginou que tudo, da campainha, à lâmpada, à geladeira, ao chuveiro estariam conectados. E passou aos projetos realistas. Não por menos, aplicações industriais largam na frente, pois o custo da virtualização é marginal em relação aos dispositivos que estão sendo interligados.

Além disso, a imaginada disseminação depende da capacidade dos mais diversos tipos de dispositivos conseguirem conversar entre si. Em entrevista ao Convergência Digital, o engenheiro chefe de IoT do CESAR, Tiago Barros, conta que, ao  contrário da internet dos lugares e da internet das pessoas, a internet das coisas tem vários protocolos diferentes.

“Padronizar isso é um desafio gigante. Tomada de energia tem um tipo diferente em cada lugar do mundo e a gente não consegue padronizar. E é simples, dois pedaços de metal encostando em outro. E não tem padrão no mundo. Imagine protocolos de comunicação, com coisas diferentes. Ainda tem muito chão pela frente até chegarmos em um conjunto de padrões que sirva à maioria das coisas”, adiciona o especialista.

Barros deixa claro que não existe um país ou uma empresa específica que está dominando o mercado. Segundo ele, há, hoje, cerca de 600 plataformas disponíveis, mas não há um conjunto dominante, diferente de outros segmentos. “No mercado de computadores, tem duas ou três plataformas dominantes. De smartphones, tem duas. E de internet das coisas ainda não chegou nisso. Então é uma excelente oportunidade para várias empresas, de qualquer lugar do mundo, de pegar uma fatia desse mercado”, reforça.


O próprio CESAR, que participa da Comissão Brasileira de Comunicações, já submeteu uma proposta para padronizar a arquitetura dos dispositivos IoT. Esta proposta foi aceita e publicada pela ITU-T, setor de normatização de telecomunicações da ONU, tornando-se o primeiro padrão enviado pelo Brasil publicado pela agência internacional na área de Internet das Coisas. Isso, destaca Barros, mostra que o Brasil está em igualdade no desenvolvimento da IoT. Assistam a entrevista com o engenheiro chefe de IoT do CESAR, Tiago Barros.

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