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Com 2% de mercado, TIM reavalia banda larga fixa. Mas relação com V.tal não muda

TIM espera pela consolidação do mercado. "Tem player demais", disse Alberto Grizelli.

A TIM está reavaliando o negócio de banda larga fixa, sinalizou Alberto Griselli, CEO da operadora durante a teleconferência de resultados do terceiro trimestre, realizada nesta terça-feira, 05/11. As receitas da tele com o serviço de ultra banda larga somaram, até o terceiro trimestre, R$ 697 milhões, 7,5% acima do obtido em igual período de 2023. Mesmo assim, a participação de mercado de 2% é considerada baixa pela empresa.

“Não estamos trabalhando em uma operação de venda, mas temos uma operação pequena de banda larga que conta relativamente muito pouco do nosso resultado e aproximadamente 2% do mercado. Porém somos um dos principais operadores de telecomunicações do Brasil. O mercado está ruim porque é muito competitivo e tem players demais. O Brasil é o único mercado com 10 mil provedores de banda larga”, analisou Griselli.

Para ele, o mercado de banda larga é intensivo em capital e a consolidação vai acontecer em dois níveis: de serviços, no modelo de serviceCo e ao nível de rede, no conceito de infraCo. “Somos mais expectadores de um mercado competitivo. Não atrapalha muito a gente porque temos pouco a perder, mas, no futuro, podemos ter muito a ganhar. Sendo uma grande operadora, poderemos dar um passo mais decisivo, mas precisa haver condições de contorno que sejam positivas. Hoje, elas não existem. É provável que o setor se consolide. Nós, no futuro, podemos ter um papel importante no processo”, diz o CEO da TIM, que não descarta atuar como consolidador.

Uma das opções da operação Ultrafibra é crescer no mercado devido ao fato de ter apenas 2% de market share. Só que não se trata de um mercado particularmente atrativo por ser extremamente competitivo e, neste momento, não tem um benefício evidente para a empresa, pondera Griselli. “Isso significa que não é o momento de agir. Dado nosso histórico e nossa força no mercado de telecomunicações, somos mais um consolidador do que um vendedor. Só que, hoje, não faz sentido aumentar nossa posição em algo que não é atrativo”, reitera o CEO da TIM.

Ele ressaltou que a diferença para os players de médio porte que já estão liderando as consolidações é que para a TIM isso não é uma necessidade imediata. “Temos o luxo de poder esperar. Como somos pequenos, podemos fazer a operação certa no momento certo. A consolidação vai se dar dos pequenos para os médios e dos médios entre eles e nós como operadora grande, poderemos dar um passo grande”, sinaliza Griselli.


O presidente da TIM Brasil reforçou que nada muda na relação com os parceiros de fibra, a IHS e a V. Tal, mesmo com a V.tal atuando no varejo após a compra da operação de banda larga da Oi. Griselli diz que o modelo que mantém com ambos já atingiu um resultado ideal e não precisa crescer.

“Por enquanto nada muda em nosso relacionamento com a V.tal. A banda larga representa apenas 4% de nosso resultado. É uma operação pequena e não vejo muitas alterações no nosso relacionamento. A depender do que possa acontecer com a vertical ServiceCo, vamos reavaliar. Mas, por enquanto, nada mudou”, conclui Griselli.

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