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Elon Musk, da Starlink, descarta concorrência direta com as teles móveis

Como já fez com Mark Zuckerberg, do Facebook, que foi estrela de dois Mobile World Congress, até a contragosto dos patrocinadores, as operadoras móveis, o MWC 2021 deu protagonismo ao fundador e CEO da SpaceX, Elon Musk. Como Zuckerberg, Musk foi conciliador e disse que é mais cooperativo do que competitivo com as operadoras móveis. Tanto que negocia com grandes teles para parcerias.

No MWC, Musk diz que a Starlink vai complementar o sistema 5G nas áreas rurais, onde nos Estados Unidos, apenas entre 3% e 5% têm serviços de banda larga. “Você pode pensar no Starlink como preenchendo as lacunas entre 5G e fibra e realmente chegando às partes do mundo que são mais difíceis de alcançar”, afirmou. Expectativa de Musk é somar 500 mil usuários em 12 meses. Hoje o serviço está em beta em 12 países. Como os satélites estão muito mais próximos da Terra do que os GEO tradicionais, os usuários estão experimentando um serviço rápido e de baixa latência, adicionou Musk.

Musk brincou que o seu objetivo central é ‘não ir à falência’, referindo-se ao destino dos provedores de banda larga por satélite anteriores. Ele estimou que seu investimento total possa chegar a US$ 10 bilhões antes de a operação ter fluxo de caixa positivo e poderia se aproximar de US$ 30 bilhões, já que a SpaceX continua a investir para “não ser irrelevante”.

Musk também disse que Starlink gasta cerca de US$1.000 em cada terminal de usuário, mas os vende aos consumidores por US$ 500, um desequilíbrio que sua equipe está trabalhando para ajustar com equipamentos menos caros. A Starlink é apenas uma pequena parte da SpaceX, que agora está lançando foguetes com regularidade e desenvolvendo Starship, o foguete mais poderoso da história. No final, mostrando a sua fixação em conquistar Marte, Elon Musk, assegurou que os humanos serão capazes de construir “uma cidade em Marte”.


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