Internet

Estudo da Google mostra falta de habilidade dos brasileiros na internet

Os brasileiros têm habilidades relacionadas ao manuseio dos aparelhos e a funções básicas como navegação na internet, mas não estão familiarizados com o uso de comando de voz e configuração de softwares. Eles têm cuidados com dados e informações pessoais e conseguem identificar phishing, mas não identificam se um site é seguro (abrindo espaço para as notícias falsas) e nem identificam ameaças como malware.

Além disso, conseguem usar aplicativos de mensagem e buscadores, mas ainda pecam no armazenamento de dados em nuvem e em transações online. E, ainda que tenham vocação para aprender experimentando e acompanhem reviews de lançamentos, não têm arraigada uma cultura de aprendizagem por tentativa e erro e nem a tomada de risco no uso de novas tecnologias. 

Esses foram alguns dos principais pontos identificados pela pesquisa colaborativa realizada pelo Google e pela McKinsey batizada de “Digital Skills Index — Índice de Habilidades Digitais”. Ela também aponta que os brasileiros estão mal no quesito criação online: conseguem desenvolver apresentações e fazer edição de vídeos, mas não tem entendimento e aplicação de conceitos de machine learning e nem de automação de sistemas de dados.

Em apresentação para imprensa, Maria Helena Marinho, líder de marketing e insights do Google Brasil, explicou que a ideia do estudo — inédito na companhia — é identificar as competências digitais pensando na população brasileira para saber onde estão as maiores oportunidade de capacitação. Ela lembrou que, apesar de o Brasil ser o quarto país em população online, é o 8º país em número de digital shoppers e o 20º em penetração.

O estudo apontou índices de zero a cinco, para retratar o índice de maturidade do mais básico ao mais avançado. De modo geral, os brasileiros iniciam a jornada digital aprendendo as habilidades relacionadas a acesso. Somente depois de desenvolver competências relacionadas a segurança, uso e a uma cultura específica  é que passam a criar no e para o ambiente digital.


“Percebemos que existe uma inter-relação entre as habilidades. No geral, se fizer apanhado das cinco dimensões, a nota média é três. O que é mais importante é que entre todas as dimensões temos os lados positivos e negativos”, ressaltou Maria Helena Marinho.

 Para a pesquisa foram feitas 2.477 entrevistas com pessoas de 15 a 60 anos, das classes A a D, nas cinco regiões do Brasil, envolvendo 12 Estados e 28 cidades. Do total de entrevistas, 60% foi realizada online e 40% off-line. 

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