Facebook admite pagar imposto nos países onde atua em publicidade
Com faturamento próximo a US$ 10 bilhões por trimestre com publicidade, o Facebook anunciou nesta terça, 12/12, que vai começar a registrar localmente pelo menos parte dessa receita, em expressa resposta a governos que não apenas exigem uma fatia dos ganhos em tributos domésticos como em alguns casos até atuam efetivamente para garantir sua parte.
“O Facebook decidiu mover para uma estrutura local de negócios em países onde temos escritório para apoiar as vendas para anunciantes locais”, explicou o diretor financeiro da rede social, Dave Wehner, em comunicado publicado no site da empresa.
“Isso significa que a receita com publicidade suportada por nossas equipes locais não mais será registrada pela nossa sede internacional, em Dublin [na Irlanda], mas na nossa empresa local naquele país”, escreveu o CFO do Facebook ao indicar que a medida “dará mais transparência a governos e gestores ao redor do mundo que pediram maior visibilidade sobre as receitas locais”.
Diferentes governos ao redor do mundo, como Alemanha, França, Portugal ou Indonésia, apenas para citar alguns, foram além de pedir e abriram investigações formais sobre o que entendem são dívidas tributárias relativas a o que entendem como faturamento doméstico com publicidade.
Wehner avisa, no entanto, que a medida não terá efeito imediato, mas será feita gradualmente ao longo de 2018. “Esse é um grande empreendimento que vai exigir recursos significativos para sua implementação ao redor do mundo. Planejamos implementar essa mudança ao longo de 2018 com a meta de completar na primeira metade de 2019”.