França compra briga com EUA e cobra impostos das gigantes de techs
O Senado da França aprovou nesta quinta-feira, 11/7, um novo imposto sobre grandes empresas de tecnologia. A taxa de 3% se aplicará à receita de serviços digitais obtida na França por empresas com mais de 25 milhões de euros em receita na França e 750 milhões de euros em todo o mundo. O imposto deve entrar em vigor de forma retroativa a partir do início de 2019.
O governo francês foi adiante com o imposto porque países da União Europeia não aprovaram uma taxa válida em todo o bloco por causa da oposição de Irlanda, Dinamarca, Suécia e Finlândia. Outros países do bloco, como Áustria, Reino Unido, Espanha e Itália, também anunciaram planos de impostos digitais.
Eles dizem que uma taxa é necessária porque atualmente grandes multinacionais de internet, como Facebook e Amazon, podem registrar lucros em países com impostos baixos, independentemente da origem da renda.
A pressão política para reagir vem crescendo, já que varejistas locais de ruas e online estão em desvantagem. O presidente Emmanuel Macron disse que taxar mais as grandes empresas de tecnologia é uma questão de justiça social.
Mas o ministro das Finanças irlandês, Paschal Donohoe, disse em maio que impostos nacionais que visam firmas digitais sediadas principalmente nos EUA “têm muita probabilidade de exacerbar tensões comerciais globais e prejudicar o comércio e o investimento transnacionais” e tornarão mais difícil combinar uma reforma global.
* Com informações da Reuters