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Internet

Gigantes de TI se comprometem a combater interferência da IA nas eleições

Um grupo de 20 empresas de tecnologia, entre elas, OpenAI, Microsoft, Adobe, Meta (dona do facebook, WhatsApp e Instagram), TikTok e X (ex-Twitter), assinou nesta sexta-feira, 16/02, um acordo para trabalharem, em conjunto, medidas para evitar a interferência de conteúdo enganoso de inteligência artificial nas eleições em todo o mundo este ano, mesmo que não tenham definido um  cronograma efetivo de ações.

O rápido crescimento da inteligência artificial generativa (IA), que pode criar texto, imagens e vídeos em segundos em resposta a solicitações, aumentou os receios de que a nova tecnologia possa vir a ser usada para influenciar eleições importantes este ano, como a presidencial dos Estados Unidos, já que mais de metade da população mundial população está preparada para ir às urnas.

O acordo, construído na Conferência de Segurança de Munique, na Alemanha, inclui compromissos de colaboração no desenvolvimento de ferramentas para detectar imagens, vídeos e áudio enganosos gerados por inteligência artificial; a criação de campanhas de conscientização pública para educar os eleitores sobre conteúdo enganoso e a definição de medidas efetivas contra esse conteúdo em seus serviços. 

A tecnologia para identificar conteúdo gerado por IA ou certificar sua origem poderia incluir marcas d’água ou incorporação de metadados, disseram as empresas. No entanto, não há um cronograma especificado para que os compromissos saiam do papel ou como cada empresa faria a implementação.

“Acho que a utilidade deste (acordo) é a amplitude das empresas que o assinam”, pontuou Nick Clegg, presidente de assuntos globais da Meta Platforms. “Se as plataformas individualmente desenvolverem novas políticas de detecção, proveniência, rotulagem, marca d’água e assim por diante, está ok, mas a menos que haja um compromisso mais amplo para fazê-lo de uma forma interoperável compartilhada, ficaremos presos a uma confusão de diferentes compromissos”, advertiu Clegg.


Apesar da popularidade de ferramentas de geração de texto como o ChatGPT da OpenAI, as empresas de tecnologia vão se concentrar na prevenção dos efeitos nocivos de fotos, vídeos e áudio de IA, em parte porque as pessoas tendem a ter mais ceticismo em relação ao texto, disse Dana Rao, diretora de confiança da Adobe, em uma entrevista. “Há uma conexão emocional com áudio, vídeo e imagens”, disse ele. “Seu cérebro está programado para acreditar nesse tipo de mídia”, completa a executiva.

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