Google reforça posição contra PL das Fake News, mas nega manipular buscas
Com quatro investigações abertas a partir de denúncias de que turbinou o ranqueamento de conteúdos contra o PL 2630/20 e escondeu aqueles favoráveis ao projeto, o Google respondeu, em nota, que não alterou o alcance das publicações. Até aqui, Ministério Público Federal, Ministério da Justiça, Conselho Administrativo de Defesa Econômica e Supremo Tribunal Federal têm procedimentos instaurados sobre essas acusações.
“É importante ressaltar que nunca alteramos manualmente as listas de resultados para favorecer a posição de uma página de web específica. Não ampliamos o alcance de páginas com conteúdos contrários ao PL 2630 na Busca, em detrimento de outras com conteúdos favoráveis. Nossos sistemas de ranqueamento se aplicam de forma consistente para todas as páginas, incluindo aquelas administradas pelo Google”, diz nota da empresa enviada ao Convergência Digital.
Segundo a plataforma, a remoção do link para uma mensagem na qual alega que o PL das Fake News vai prejudicar a internet não ocorreu por conta da multa de R$ 1 milhão por hora aplicada pela Secretaria Nacional do Consumidor do Ministério da Justiça, mas porque era um conteúdo temporário, encerrado às 12h30 desta terça, 2/5. O texto continua publicado no blog da empresa.
“Reforçamos este posicionamento no blog oficial do Google e na página inicial da Busca, por meio de uma mensagem com link sobre o PL 2630. São recursos que já utilizamos em diversas ocasiões, incluindo para estimular a vacinação durante a pandemia e o voto informado nas eleições”, diz o Google.
“Estamos empenhados em comunicar as nossas preocupações sobre o Projeto de Lei 2630 de forma pública e transparente. Destacamos essas preocupações em campanhas de marketing em mídia tradicional e digital, incluindo em nossas plataformas”, diz ainda a nota da empresa, que conclui: “Acreditamos que o projeto de lei e seus impactos devem ser debatidos de forma mais ampla com toda sociedade. Assim como diversos grupos e associações que se manifestaram a favor do adiamento da votação, entendemos que é preciso mais tempo para que o texto seja aprimorado e seguimos à disposição de parlamentares e autoridades públicas para esclarecer quaisquer dúvidas sobre como nossos produtos funcionam.”